Vivó pincho!
Cheguem-se a mim que vos vou dar mais uma lição de bem veranear.
Numa das minhas últimas idas à praia, na semana passada, apenas com Mana Querida e duas primas, quando estávamos a retirar as nossas coisas da bagageira do carro, diz uma das primas: ‘Ena, vocês são umas profissionais da praia, pá!’
Foi só aí que nos apercebemos que, se calhar, somos um pouco exageradas. Somos apenas duas gajas que, para umas horinhas de praia, conseguimos levar: uma geleira, um saco com as toalhas, protetores solares e demais cenas pessoais, dois chapéus-de-sol, duas cadeiras e duas almofadas.
Lá tivemos que explicar que duas gajas de quarenta gostam de praia, mas em bom. Já não toleram a cena de sentar na areia e fazer almofadas com um montinho de areia debaixo da toalha… Gostam de algum conforto! E como detestamos a cena dos toldos (não consigo perceber como é possível PAGAR para se estar debaixo de um toldo, cercados de pessoas por todos os lados), temos que levar tudo…
Se há coisa que eu e Mana Querida gostamos é de estarmos sentadas nas nossas cadeiras, com os óculos de sol, disfarçadamente a observar e comentar entre nós, as figuras ridículas que algumas pessoas fazem, especialmente, quando têm que espetar o chapéu-de-sol no areal.
Há os que chegam e espetam o chapéu com toda a força, tipo lançamento do dardo, e pronto (a primeira brisa mais forte lá se vai o chapéu), os que se põe de gatas a escavar na areia, tipo cãozinho que quer esconder o osso, os que espetam o chapéu e se empoleiram e andam à roda (e depois andam aos esses), enfim há de tudo como na farmácia.
Por isso, há um outro objeto que também faz parte da nossa lista de bens essenciais para um bom dia de praia. Está fora de questão não estar no saco, principalmente em dias de vento (e se este verão o S. Pedro nos tem brindado com vento!).
Pessoas queridas, aprendam com a tia Rita. Para prender bem o chapéu-de-sol no areal, nada melhor que o PINCHO.
Não sabem o que é? Eu mostro.
Há venda em qualquer loja do chinês, por ‘tuta e meia’.
É só enroscar o pincho na areia, de preferência na sua totalidade, utilizando a pega para o fazer rodar, colocar o chapéu dentro do pincho, ajustar com a rosquinha e… será preciso um ciclone para o chapéu sair a voar e vocês perderem a compustura ao terem que correr atrás dele.
Não precisam agradecer. Sempre às ordens.
Por falar em correr atrás... dia de vento na praia. Grupo de turistas (ingleses ou alemães) achou por bem levar um dos já muito famosos flamingos insufláveis enormes que se vê em tudo o que é rede social, normalemente em piscinas (porque será?). Rabanada de vento e o flamingo sai a rebolar pelo areal fora. Uma das meninas do grupo corre atrás do bicho... em TOPLESS.
Escusado será dizer que foi o equivalente a sair o euromilhões para os elementos do sexo masculino que estavam no areal naquela hora.
Evitem cenas destas, usem o pincho.