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Não sejas engraçadinha!

Como é costume dizer nestas lides "Este é um blog sobre tudo e sobre nada"

Não sejas engraçadinha!

Como é costume dizer nestas lides "Este é um blog sobre tudo e sobre nada"

Cá está ela, a tal semana mais estupenda do ano!

Reparei hoje que já há uns anos valentes que não vos falo desta semana.

A última vez foi em 2017.

Nos posts anteriores falo sempre nesta semana com muita expectativa. Sinto-me elétrica, mas este ano… não!

Para já, estou mesmo muito cansada. A última vez que tirei férias tão tarde foi em 2014. Ainda com o meu Paulo. Parece que o verão já passou e agora é que vou de férias. Há dois meses que só vejo gente de férias e eu aqui agarrada à secretária e ao computador. Eu sei que depois sou recompensada com os espaços de veraneio muito mais desafogados, mas custa pa’caraças chegar a setembro.

Estou esgotada de tudo. Do trabalho, do teletrabalho, dos chefes e dos colegas, do covid, do vacina e não vacina, dos testes, das máscaras (ao fim deste tempo todo ainda me esqueço da máscara...)

Mana Querida não tem férias vai para 3 anos (mudanças sucessivas de trabalho…), antes disso tivemos uns anos em que, seja por questões de saúde, seja por falta de colaboração do S. Pedro, as nossas férias foram muita fraquinhas.

Pela primeira vez em três anos eu e Mana Querida voltámos verdadeiramente a ansiar pelas férias, mas… sabem uma coisa? Estamos diferentes, já não fazemos planos. O plano é esse mesmo… “não fazer planos”.

Não pensamos nos restaurantes que queremos visitar, nem nos trapos que vamos levar ou no número de biquínis, se levamos cadeiras ou chapéus de sol... não queremos saber…

Não sei se devido a estes longos meses de confinamento, se devido às más experiências dos anos anteriores, este ano temos as nossas expectativas muito baixas.

Vai ser só um dia de cada vez.

Só pedimos o mínimo dos mínimos… SOL, saúde, paz e sossego (tudo regado em álcool q.b.)!

Estou quase de férias.

Faltam 4 dias!!!

Raisparta o verão!

Estou muito calada, não estou? É porque estou em estado de choque.

Porquê? Perguntam vocês desse lado.

Primeiro… acabaram-se as férias! Mas ainda está calor o que, para mim, é uma chatice!

Eu já vos disse que sou do frio. Estar calor e não poder ir à praia… ter que ficar à frente do computador a ler emails… só me dá vontade de dizer palavrões.

Segundo… estou mais gorda!

Não! A culpa não é do confinamento. A culpa é mesmo do verão… das travessas de caracóis com pãozinho torrado, seguidas de frigideiras de lombinhos ou de moelas com muita molhanga da boa para molhar o pãozinho, do pacote de bolachas que, não sei como, reservou lugar permanente na bancada da minha cozinha, das bolas de Berlim na praia, das taças de gelado… and so on!

Durante este tempo todo tive sempre sessões semanais com a minha PT, em videochamada. Mesmo durante as minhas férias e as dela. Eu já sabia que não seria a mesma coisa… faltavam os brinquedos (pesos, elásticos, TRX), faltavam as aulas de cardio…

Na semana passada voltámos ao ginásio. Diz ela… ‘vamos fazer umas medições… só para ver como é que estás, no geral!’

Pus-me em cima daquela balança demoníaca que mede tudo até ao peso da nossa alma… tudo desregulado. Níveis de água e de massa muscular baixíssimos, níveis de massa gorda e idade metabólica altíssimos… e o peso, senhores!

Eu, que há 5 anos me mantenho religiosamente entre os 61 e os 62 quilos, já tinha reparado na p*** da boia abdominal que se tinha instalado e teimava em não desaparecer e que eu teimosamente associava ao ‘inchaço pré período menstrual’

ES-TU-PI-DA! É gordura! Pura e dura! Estou com 64 quilos e 600 gramas!

Plano de ataque imediatamente traçado. Sessões de PT duas vezes por semana e mais umas aulinhas de grupo. Três garrafas de água de 750 ml/dia. Fora com o açúcar e nada de hidratos ao jantar.

Nome no plano de ataque: #EuquerocomerfilhosesnoNatal

(porque isto é tudo uma questão de ter objetivos bem definidos!)

Sobre a noite em Porto Côvo

Há muito anos, era eu uma adolescente, fizemos uma viagem em família. A ideia foi ir ao Porto visitar família paterna e, em vez de seguir direto para S. Pedro do Sul, passeámos um bocadinho pelo norte de Portugal, sem nada programado.

Lembro-me de Viana do Castelo, Póvoa do Varzim, Vila do Conde, Ponte da Barca, Gerês… lembro-me também que fomos dormir a Chaves. Estacionámos o carro (o nosso querido e muito estimado Fiat Uno 45S… uma máquina!) já o sol se estava a pôr e ainda tínhamos que procurar uma pensão, residencial, qualquer coisa com um ar minimamente decente para uma família descansar uma noite.

Acabámos numa Hospedaria. Um prédio muito velho, com chão em tábua de madeira que rangia a cada passo. Camas de corpo e meio do tempo da minha avó e os sanitários deviam ter sido muito modernos nos anos 40. Mas estava tudo muito limpo e isso era o que interessava.

Foi uma noite insuportável. Tanto calor. Quando regressámos do jantar reparámos que o quarto estava empestado de frango de churrasco. Cada vez que um de nós se virava na cama ou se levantava para beber água, acordava os outros todos, porque TUDO rangia. Era noite dos “Jogos Sem Fronteiras” (lembram-se?)… a equipa portuguesa que estava a jogar era de … CHAVES. Cada vez que ganhavam um jogo (e acho que ganharam quase todos…) só se ouviam gritos e buzinadelas…só houve sossego já de madrugada.

Estávamos nos finais dos anos 80… nunca pensei que em 2020 voltasse a passar por uma situação semelhante.

Em 2020 já não nos passa pela cabeça ir sem levar pelo menos as dormidas reservadas, e quando procuramos um quarto para dormir, há coisas que já tomamos por garantidas. Uma dessas coisas é o ar condicionado.

Quando me pedem 100€, por uma noite num quarto com casa de banho (não estou a falar num hotel, nem sequer num apartamento, estou a falar num quarto com casa de banho e serventia de cozinha comunitária), já acho difícil aceitar que a bagagem tenha que ficar toda espalhada no chão do quarto (o único suporte existente estava ocupado com COBERTORES... em julho), mas não consigo compreender que esse quarto não tenha um pequeno aparelho de ar condicionado, principalmente se estamos a falar de uma vila que VIVE do verão.

A sorte que nós tivemos em estar uma noite fresca…

(estava tudo muito limpo, as camas e almofadas eram confortáveis. Desta vez o quarto não cheirava a frango de churrasco… era um cheiro a choco frito…)

A sorte de uma pobre!

Tenho andado calada, não é? Desaparecida… ando um bocadinho murcha, mas vai passar.

Tive duas semanas de férias. Sem planos. Mana Querida este verão não vai ter férias, por isso os planos ficam logo comprometidos. Lembram-se deste post? Pois tivemos mais uma aventura por terras alentejanas.

 

No fim de semana do meio das minhas férias, Mana Querida decidiu que tínhamos que ir para algum lado, nem que fosse só para sentir um cheirinho a férias. Partimos o nosso mealheiro conjunto. Contámos tudo e concluímos que com jeitinho dava para pagar o gasóleo, a dormida e ainda chegava para pagar um jantar… decidimos ir dormir uma noite a Porto Côvo.

Quinta e sexta feira estiveram quase 40º em Lisboa, por isso a nossa pequena excursão prometia dois dias maravilhosos nas praias do litoral alentejano.

Saímos do Barreiro pelas 7 da manhã de sábado, já de biquíni vestido e roupinha leve para a praia, com o sol já espreitar. Passámos Setúbal e começa a aparecer uma neblina que, em Alcácer do Sal, já se tinha transformado num belíssimo nevoeiro… cerrado.

Pelas 8 e tal da manhã chegámos a Sines. Decidimos parar para um xixizinho e beber um café. Frescas e airosas nas nossas roupinhas de praia, a sentir a cacimba a cair em nós e a ouvir a sirene do nevoeiro do Porto de Sines… “tem calma que isto lá pelas 10 da manhã vai levantar”.

Chegámos à Paria da Samouqueira e só nos apeteceu chorar quando vimos pessoas a SAIR da praia... de casaco vestido. Não desistimos. Fomos para o areal, ainda fomos dar um mergulho, não se estava mal, não estava frio, mas o sol nunca apareceu.

Sobre a noite em Porto Côvo vos falarei mais à frente.

O domingo acordou ainda mais nebulado e friorento e acabámos por regressar mais cedo. Quisemos parar na mesma pastelaria de Sines para comprar um pão para o meu pai (pão de carvão vegetal… completamente preto), estacionámos e… demos com o nariz na porta (#$&/=#”).

...

Mana Querida afinal vai ter DOIS dias de férias. Ficou com os olhos a brilhar.

Conseguiu reservar uma casinha, para três noites, no nosso sítio do costume (Pedras d’el Rei, Tavira). Vamos todos na primeira semana de setembro. Estamos em pulgas. Só se ouve falar que a água no Algarve este verão está uma loucura…

Ontem enviou-me isto… com o comentário “Porra, se não é do cu é das calças!”

tubarão.png

E agora… pedimos o quê? Que a água fique fria para o bicho ir nadar para outras paragens ou vamos brincar às dentadinhas com o bichinho?

Fui ao zoo de Lisboa... e não gostei!

Há uns três ou quatro anos fui com a famelga toda ao Zoomarine. Sobrinha Mai’Linda era pequena e andou todo o dia encantada com os espetáculos dos golfinhos, das focas, dos leões marinhos, até com as piscinas (que cheiravam a lixivia que metiam dó… a água era amarela… bhlec…).

Andei todo o dia com uma sensação estranha. Em cada espetáculo que assistia… tudo aquilo era estranho… ver aqueles animais a fazer gracinhas para os humanos… estava incomodada…

Este verão fui ao Zoo de Lisboa. Outra vez a mesma sensação desagradável...

Não achei exagerado o preço da entrada… se pensarmos que é preciso pagar ao pessoal, manter o espaço limpo, alimentar e dar cuidados veterinários àqueles animais todos… então os 22€ são um preço justo, e também não foi o facto de o espaço estar em obras que me incomodou (se bem que eu fui a um dia de semana e não se via lá ninguém a trabalhar…).

O que mais me deixou aflita foi a apatia dos animais… é verdade que eu fui ao fim da manhã, estava calor e também não é suposto os bichos estarem a fazer macacadas para os visitantes, mas ainda assim… os bichos estavam ali em… exposição…

Eu acho que a apatia deles, em parte, se devia à gritante falta de espaço do Zoo e não haver uma maior distância do público.

Entra pelos olhos dentro. O Zoo de Lisboa não tem espaço para ter aquela quantidade de animais. Estão todos amontoados e nem sempre nas melhores condições (por exemplo, os pinguins são animais preparados para o frio, muito frio do Polo Sul, não seria suposto estarem num ambiente mais protegido e, sobretudo, arrefecido e não ao sol de um dia de verão em Lisboa?).

Ainda vimos o espetáculo dos golfinhos… outra vez a mesma sensação de tristeza… ver aqueles animais lindos a fazer habilidades, com hora marcada, apenas para podermos bater uma palmas (já para não falar na parte em que criancinhas vão à beira da piscina para fazer festas aos bichos...)

Falamos muito dos animais do circo… que é impensável ter leões e elefantes enjaulados para nosso entretenimento… acho que está na hora de incluirmos os animais do zoo no mesmo lote.

Eu sei que os Zoos têm cada vez mais uma vertente de preservação das espécies em vias de extinção, que deve ser mantida, mas acho que está na hora de mudar a nossa mentalidade e a forma como olhamos para os Zoos. Não podemos permitir que um Zoo continue a ser um mero espaço de exposição de animais, para nosso gozo e, principalmente para o Zoo de Lisboa, é urgente dar mais condições, sobretudo mais espaço às espécies que têm ou então ter menos espécies…

Há mais de 20 anos que não ía ao Zoo... não sei se volto...

Outra coisa que me arrepiou (lá vou eu bater na mesma tecla)… foi a falta de civismo das pessoas.

Placas por todo o lado ‘NÃO ALIMENTE OS ANIMAIS’, mas havia sempre alguma criatura a dar batatas fritas, bolachas, principalmente aos macacos que são conhecidos por serem mais afoitos. No fim do espetáculo dos golfinhos pedem para abandonar o recinto, mas sem nos aproximarmos do vidro do tanque… o que é que a malta faz… tudo para cima do tanque… mãos no vidro do tanque…

Se nem ordens simples como estas as pessoas cumprem, regras básicas que existem apenas para tentar dar algum bem-estar aos animais, estamos muito longe de conseguir mudar mentalidades quanto à função de um Zoo…

Parabéns RTP!

Voltei… voltei, pessoas queridas!

Ainda ontem estava de papo para o ar, mas hoje já estou na labuta.

Foram três semanas que deram para tudo: houve praia suficiente para ganhar uma corzinha de verão (não houve muitos banhos de mar, porque a temperatura da água não permitiu), houve passeios, não houve ginásio (amanhã vai doer tanto…), houve um casamento e também houve um funeral.

Até houve uma coisa, que já não me lembro que houvesse há muito tempo: algumas tardes a babar à frente da televisão.

Confesso que não ligo muito à televisão. Em minha casa a televisão funciona mais como ‘algo que está ali a fazer um barulho’, serve mais para cortar o silêncio do que outra coisa qualquer.

Quando ligo a televisão em casa é quase sempre nos canais por cabo. Há muito tempo que deixei de ver os canais nacionais de sinal aberto. Dei comigo cada vez mais irritada com os programas da SIC e da TVI, a exploração do choradinho fácil, os advogados que, com relato de apenas uma das partes, analisam, julgam e aplicam a pena em praça pública, as palhaçadas dos apresentadores aos gritos, as novelas com enredos esticados até ao limite… é de vómito!

Mas, nestas semanas dei comigo agradavelmente surpreendida e verdadeiramente ENTRETIDA a ver televisão, num canal nacional de sinal aberto.

Parabéns RTP, pelo programa dedicado ao ‘Turismo em Rede’.

Um conjunto de apresentadores, muito simpáticos e excelentes comunicadores, passou por todas as regiões de turismo do país, com espaço para conversas e música, de forma leve e descontraída, como se quer numa altura em que metade do país está a banhos (até a parte dos beijinhos me divertia… ‘beijinho prá minha tia que está no Canadá’ … ‘beijinho pró meu netinho que está na França…’).

Empurrada por este programa, acabei por ver muita RTP, por estes dias. Dei comigo a gostar de ver o ‘Portugal em Direto’ (não me escandaliza nada o ‘… até amanhã, se Deus quiser’), o ‘Preço Certo’ (que, para mim, baterá sempre aos pontos uma Cristina Ferreira aos gritos, mesmo quando os concorrentes trazem metade do fumeiro da terra, mais três caixas de bolos e o galhardete da Junta de Freguesia, da Câmara Municipal e da banda filarmónica para oferecer ao Gordo), o Joker, o programa do Herman José ou as 7 Maravilhas…

É entretenimento, sem exploração de sentimentos, com alguma dose de cultura e transmissão de saberes.

Tenho muita pena que a RTP não tenha mais audiências. Tenho pena que continuemos a ser um povo (nisto, não somos diferentes dos outros países) levado pelos conteúdos fáceis da ‘televisão em movimento’, que espremidos não deitam sumo nenhum.

Na parte que me toca posso dizer: este verão, a RTP reconquistou-me!

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