Ser da margem sul... muito melhor que isso, ser do BARREIRO!
Por estes dias, já todos ouviram falar dos problemas com a ligação fluvial entre o Barreiro e Lisboa. Faltam barcos na frota, faltam recursos humanos, falta dinheiro… só não faltam passageiros.
As últimas semanas foram duras para quem faz a travessia do Tejo na Soflusa, culminando, ontem e hoje, com uma greve nas horas de maior trafego.
Só que, lá está, agora a malta tem os novos passes no bolso e pode escolher… e se há coisa que o pessoal do Barreiro tem… é escolha. Em vez de ir para a estação dos barcos, em dias de greve, os barreirenses sabem que podem ir para o Vale da Amoreira, apanhar o autocarro dos TST, ou para Coina, apanhar o comboio da Fertagus. São transportes que servem os concelhos limítrofes do Barreiro (Moita, Seixal, Almada), mas começam no Barreiro.
Ontem vim de comboio e regressei no autocarro. Hoje vim no autocarro e logo se vê como vou regressar. Ontem ouvi coisas deliciosas das pessoas que vivem nos concelhos à volta do Barreiro.
Logo de manhã, estava o comboio em Corroios (Almada/Seixal), entra uma criatura já completamente alucinada a falar ao telemóvel ‘…estas pessoas do Barreiro, ficam sem barcos e vêm pr’aqui e depois as pessoas que moram aqui não conseguem entrar no comboio…’
De tarde no autocarro vinha outra criatura, da Moita, muito zangada porque ‘… é inadmissível, porque o autocarro enche no Barreiro e nós ficamos sem nada, não conseguimos entrar…’.
Barreirenses… a dominar a arte de fazer amigos!
Eu lá vou… sentadinha, faço como os pinguins… sorrir e acenar.
Deixar uma palavra de apreço aos Transportes Coletivos do Barreiro, pelo respeito que tiveram com os seus passageiros. Souberam ajustar as carreiras existentes e reforçaram a carreira que serve a estação de Coina da Fertagus. MUITO BEM!