Ponto de situação
É só para dizer uma coisa: se o mês de janeiro foi uma amostra do que vai ser o resto do ano… então tenho duas hipóteses: ou vou à bruxa ou então acho que me vou enfiar num roupeiro qualquer e só volto a aparecer em 2020.
Maldito mês que foi tão difícil de chegar ao fim!
Desde a morte do meu Paulo que não me lembro de ter uma semana tão difícil como a semana passada.
Terminámos a semana anterior com uma notícia muito má: a minha irmã ficou sem trabalho. Ao fim de 13 anos de casa… toma lá uma indemnização, carta para o fundo de desemprego e vai à tua vida. O mais difícil de digerir não foi o despedimento em si, o mais difícil foi perceber que a minha irmã foi despedida, não por ser incompetente ou por ter feito alguma coisa que tenha lesado a empresa, nada disso! A minha irmã foi despedida porque não teve medo de dizer ao chefe novo que ele estava a tomar a decisão errada, o que se veio a confirmar pouco tempo depois, e o chefe não gostou de ter lá alguém que se recusou a fazer-lhe a vénia!
Se o espírito já não estava famoso, fiquei muito pior na 3ª feira. O meu bichinho não comia nada de jeito há três dias. Nem a sua adorada latinha o motivava a comer. Agarrámos nele e ala para o veterinário de urgência. Estava tão apático que a veterinária conseguir picá-lo duas vezes para tirar sangue e ele nem reagiu.
Diagnóstico: pancreatite.
A noite de 3ª para 4ª feira foi das mais difíceis que me lembro de ter tido. Quase não dormimos, toda a noite. Sempre muito inquieto, agoniado, babava-se muito, vomitou. O que mais me custou foi sair de casa de manhã para ir trabalhar e deixá-lo sozinho (abençoados Sr. Meu Pai e Mana Querida que se revezaram para o ir ver ao longo do dia).
Agora tenho outro problema. À partida não é sério, mas pode vir a ser.
O bicho não podia comer gordura (problemas de fígado e pâncreas pedem alimentação sem gordura), por isso a vet recomendou dar-lhe frango cozido… resultado… o animal habituou-se ao frango e não toca na ração, nem nas latinhas.
Ontem, já estava um bocadinho melhor, já miava e seguia-me para todo o lado, até já ressonou no sofá. À noite tinha tudo à sua disposição: a ração e DUAS variedades de patês… encostava-se às minhas pernas e miava, baixinho… fui-me sentar a ver televisão e ele ficou atrás de mim, na porta da sala, muito direito, sempre que me via a olhar para trás… MIAU!
Não tocou na comida dele… fui buscar umas lasquinhas de frango… limpou TUDO!
Enfim… vou iniciar fevereiro com mais uma batalha: voltar a pôr o animal na linha!