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Não sejas engraçadinha!

Como é costume dizer nestas lides "Este é um blog sobre tudo e sobre nada"

Não sejas engraçadinha!

Como é costume dizer nestas lides "Este é um blog sobre tudo e sobre nada"

É só uma questão de organização

Volta e meia cruzo-me com uma senhora na paragem do autocarro, logo de manhã à saída de casa. Está sempre stressada, TODOS OS DIAS. Chega à paragem e não se coloca na fila, vai para debaixo do abrigo, mas antes, ostensivamente, conta quantas pessoas estão na paragem… e ai de quem se atreva a passara à sua frente para entrar no autocarro.

O tempo todo que está na paragem, está a olhar para o relógio e a resmungar: ‘…pois, devia passar aos 32 e já são 34, outra vez atrasado…’. Depois entra no autocarro e começa a ladainha: ‘…vamos lá, toca a entrar, despachem-se lá para trás que há mais pessoas para entrar… ó motorista, já entraram todos, vamos lá, já estamos atrasados…’. Depois na estação, sai do autocarro e corre para o barco, sempre a resmungar… sempre atrasada, sempre cheia de pressa.

Quase todos os dias me cruzo com pessoas no metro que ainda têm uns três ou quatro lances de escadas para descer, mas se ouvem um metro a chegar, lá em baixo, lançam-se numa corrida desenfreada, escadas abaixo, às vezes com crianças, para tentar apanhar aquele metro…

E quantas vezes já ouvi pessoas a resmungar, porque o barco que era suposto sair às 7h50, sai às 7h53 e, POR ISSO, vão chegar atrasadas ao trabalho… nem sequer pensam que para o barco ou o comboio sair no minuto exato, as cancelas de acesso tinham que trancar um ou dois minutos antes… (e as vezes que já assisti à fúria dos passageiros quando as cancelas fecham dois minutos antes, porque se atingiu a lotação máxima de segurança!!!)

Pessoas que se lançam à estrada, cheia de trânsito, porque o autocarro está a passar do outro lado, quando sabem que, mais minuto, menos minuto, vem outro logo atrás. Pessoas que me dizem que vão de comboio, porque só demora 12 minutos e o autocarro demora 17 minutos...

...

Como é que conseguem viver assim, pessoas? Como é que conseguem viver TODOS os dias, numa luta contra o minuto?

Eu tenho uma regra… NÃO CORRO PARA APANHAR TRANPORTES, a menos que a minha vida dependa disso, ou souber que tenho uma looonga espera pela frente, se o deixar partir (para mim uma looonga espera é para cima de 20 minutos). Sou capaz de apressar o paço, mas correr… nem pensar.

Sabem porquê?

Nos dias em que corre tudo bem, levo hora e meia para chegar ao trabalho e outra hora e meia para chegar a casa. Tenho o cuidado de sair de casa com tempo suficiente que me garante estar no trabalho a tempo e horas. Se quero chegar ao trabalho pelas nove horas, sei que preciso de sair de casa pelas sete e meia... e organizo-me para que isso aconteça... nomeadamente, levanto-me da cama uma hora antes... sou gaja... sou dada a questões metafísicas quando tenho que decidir o que vestir e tenho cremes para barrar na cara e acessórios para complementar o modelito... há minímos, ok!

Por isso, se estou a sair de casa e vejo dois autocarros a chegar à paragem... deixa-os ir, vem mais atrás (já dizia a Elizabeth Taylor, homens e autocarros têm uma característica em comum... vem sempre um atrás!). Se chego ao barco e o das 7h50 já está mesmo a sair... espero pelo das 7h55, porque esse também dá para chegar às nove, sem stress.

E quando as coisas correm mesmo mal, também não stresso (tipo uma avaria no metro)… sento-me e leio o meu livro. A vida já me ensinou que não vale a pena stressar. Só ganhamos gastrites e cabelos brancos. Apanho CINCO transportes de manhã e outros CINCO à tarde (bem vistas as coisas, se corresse, se calhar poupava os 40€ que gasto no ginásio…), tanta coisa que pode correr mal, coisas que eu não controlo, vou stressar para quê?

 

(eu sei que a minha vida é muito mais simples do que a vida da maior partes das pessoas. Vivo sozinha, só preciso de me preocupar comigo. Mas já houve uma fase na minha vida em que tive que garantir que o Melga, com 9 anos, chegava à escola às oito da manhã, sendo que estavamos no Barreiro e a escola era em Lisboa. Faziamos o trajeto de carro. Eu e o meu Paulo saíamos da cama antes das seis da manhã, o Melga pelas seis e meia. Pouco depois das sete já estávamos a caminho. À noite, o Melga ía para a cama, no limite, às nove da noite... é como digo... é só uma questão de organização!)

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