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Não sejas engraçadinha!

Como é costume dizer nestas lides "Este é um blog sobre tudo e sobre nada"

Não sejas engraçadinha!

Como é costume dizer nestas lides "Este é um blog sobre tudo e sobre nada"

Coincidências... ou coisas que não se explicam!

Já vos tenho falado nas minhas coincidências.

Coisas que me acontecem (principalmente coisas que me aconteceram nos primeiros tempos depois do meu Paulo morrer) para as quais até pode existir uma explicação lógica, racional, mas que não deixam de me provocar arrepios na espinha, porque não consigo deixar de pensar que não pode ser só uma mera coincidência e que alguma coisa, muito superior a nós, tem o poder de alinhar estrelas, astros e constelações e fazer acontecer… às vezes para o bem, outras nem por isso...

Esta semana aconteceu outra vez. Não comigo, mas com pessoas que conheço. Um casal vizinho dos meus pais lá na terra. Ambos criados com a minha mãe desde pequenos.

Tiveram uma filha deficiente profunda. A Isabelinha.

A Isabelinha viveu toda a vida entre a cama e a cadeira de rodas. Dependente a 100% para tudo. Os médicos diziam que não teria grande esperança de vida, mas aqueles pais abraçaram o que lhes calhou em sorte e dedicaram-se àquela filha de tal maneira que a Isabelinha espantou os médicos e viveu muitos anos. Mais de cinquenta…

Os anos foram passando. Os pais já na casa dos 80. Muitas vezes ouvimos aquela mãe dizer ‘se fechamos os olhos, quem vai tomar conta da minha filha? Ninguém toma conta dela como nós dois…’.

Quis o destino que o pai da Isabelinha morresse primeiro. Fez duas semanas no domingo. Todos a pensar naquela mãe, agora sozinha com uma filha adulta tão dependente… ‘como é que vai ser agora?’

Ontem recebemos a notícia. Outra vez o arrepio na espinha. A Isabelinha morreu.

...

Lá está… podemos dizer que é só uma coincidência. Podemos encontrar uma resposta racional e pensar que a Isabelinha era um ser frágil e sentiu um desgosto enorme quando deixou de ver o pai. Também se morre de tristeza, não é? Ainda mais quando se tem uma capacidade diferente de entender e aceitar o mundo…

Eu? Eu prefiro pensar na tal entidade, muito superior a nós, que sabia que chegara a hora de receber a Isabelinha, mas precisava de alguém para olhar por ela e, por isso, mandou chamar o pai primeiro… para estar lá, para a receber, e a Isabelinha não sentir medo, por se ver sozinha.

Descansem ambos em paz.

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