Acabadinho de ler!
Um homem chamado Ove, Fredrik Backman
Uma palavra para descrever este livro: coração.
Este livro falámos daquele ditado que diz: não julgues o livro pela sua capa.
Ove é um sexagenário resmungão e com muito mau-feitio. Quantas pessoas conhecemos assim? Pessoas complicadas, difíceis, aquilo que costumo chamar ‘pessoas carne de pescoço’.
Ove tem os seus princípios muito definidos e não tem problema em expressá-los com toda a frontalidade, seja a quem for. É daquelas pessoas que traçou uma linha reta na sua vida e é por ali que segue e dificilmente se desvia… ahhh, dificilmente, mas não nunca…
Afinal a pessoa certa consegue fazer o que quer de Ove. Curiosamente as pessoas que têm essa faculdade são sempre mulheres.
A primeira mulher que conseguiu esse feito foi Sonja, a sua companheira de mais de 40 anos. Sonja era ‘a cor na vida de Ove’. Conhecemos Ove seis meses após a morte da sua amada Sonja e dias após ter sido dispensado do seu trabalho.
Sem Sonja para cuidar e sem nada de útil para fazer, Ove decide que não tem mais nada para fazer neste mundo e quer partir ao encontro da sua mulher.
E é aqui que surge a segunda mulher que consegue o feito de compreender Ove: Parvaneh, a vizinha iraniana, gravidíssima, que se mudou para o bairro com o seu marido sueco e duas filhas pequeninas.
Sucedem-se uma série de episódios, uns mais cómicos, outros nem tanto, que vão interferir na vida de Ove e impedi-lo de conseguir alcançar o seu objetivo de por fim à vida.
Mais uma vez este autor (lembram-se do ‘a minha avó pede desculpa’) consegue contar uma história que nos toca, sempre com a dose certa de humor e de ternura.
Mais uma vez acabei um livro em lágrimas (isto deve ser da idade, ando tão mariquinhas, credo!)