Acabadinho de ler
A Mulher, Meg Wolitzer.
Lembram-se da Meg Wolitzer? Já vos falei dela quando li ‘Os Interessantes’.
Este é um livro sobre feminismo. O cenário, pelo menos no início, é o mesmo do filme, que também gostei muito, ‘O Sorriso de Mona Lisa’. Não sei porquê, mas olhei sempre para este livro como a continuação daquele filme.
A América dos anos 50. Jovens mulheres que foram chamadas a tomar as rédeas da vida, enquanto os homens andavam na guerra. Jovens mulheres que até podem ir para a universidade, mas de quem a sociedade espera que aprendam apenas o suficiente para serem excelentes donas de casa, para poderem receber os amigos dos maridos e possam ter conversas inteligentes sobre temas como arte, história ou literatura.
A narradora do livro, Joan Castleman, fez-me lembrar uma das personagens do filme. Mulheres com uma inteligência acima da média, com um futuro profissional muito promissor, mas que decidiram ser aquilo que a sociedade esperava delas. Decidiram ser donas de casa, mães, as ‘mulheres de…’.
Joan é a mulher de Joe Castleman, o grande romancista. A história começa a bordo de um avião, numa viagem transatlântica entre a América e a Finlândia, onde Joe vai receber o prémio literário de uma vida. Na viagem de ida, Joan decide que vai pedir o divórcio e começa a relembrar toda uma vida.
O livro descreve a relação entre homens e mulheres, o papel da mulher na sociedade, a forma como a mulher é vista, percebida pelos homens de forma crua, amarga, revoltada. Está cheio de frases que são socos na barriga.
Definitivamente gosto muito desta Meg Wolitzer.
PS: este livro foi adaptado para o cinema. A atriz que faz de Joan Castleman é… a GLENN CLOSE. Promete, não é?
Se bem que eu sou sempre da opinião que os filmes NUNCA conseguem traduzir completamente o que o autor escrever, mas com a Glenn Close fica-se mais perto...