Este novo confinamento
As vezes que já abri está página e comecei a escrever qualquer coisa… e apaguei…
Não tenho nada para vos dizer.
Os meus dias são passados entre o quarto, a secretária, a cozinha, a casa de banho, a secretária, o sofá… o quarto… até à semana passada ainda ia almoçar com os meus pais todos os dias. Pelo meio dia, largava a secretária, vestia o casaco, punha a máscara e subia a rua.
Esta semana tenho que ir duas vezes a Lisboa… transportes públicos e várias horas num local com muita gente a circular. Por muita máscara e álcool gel que se utilize… o risco aumenta muito… nas próximas duas semanas, nem pensar almoçar com os meus pais…
A minha casa fica muito próximo do hospital do Barreiro… já reparei que as sirenes das ambulâncias são mais frequentes… ou então sou eu que estou mais alerta… preferia mil vezes o som dos altifalantes da proteção civil, do primeiro confinamento… “FIQUE MESMO EM CASA”.
Os casos de COVID rondam, cada vez mais perto. Família, colegas, conhecidos. Felizmente, sem gravidade.
Eu sei que não me posso queixar, sei que não tenho esse direito, mas cada vez é mais difícil sair da cama para mais um dia. Dei comigo um dia a falar com um colega ao telefone e quando desliguei, fiquei a olhar para o computador… “o que é que ele me pediu?!”
Já fui à farmácia pedir umas ampolas para ver se o ânimo arriba um bocadinho e fico mais alerta.
Janeiro já passou (nunca um mês de janeiro passou tão rápido para mim).
Venha então fevereiro (esse só tem 28 dias…)