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Não sejas engraçadinha!

Como é costume dizer nestas lides "Este é um blog sobre tudo e sobre nada"

Não sejas engraçadinha!

Como é costume dizer nestas lides "Este é um blog sobre tudo e sobre nada"

10 dias fechada em casa

Feitas as contas, em 10 dias saí à rua:

No dia 17 ao final da tarde, para ir buscar os medicamentos do meu gato.

No dia 21 de manhã, para ir ao supermercado.

No dia 23 ao final da tarde e hoje de manhã cedo para ir deitar o lixo fora.

Estou a atingir aquele ponto em que já matava alguém em troca de uma bica, bebida numa esplanada.

Também já matava o motorista que anda a fazer entrega de garrafas de gaz e que passa na minha rua algumas 10 vezes ao dia, naquela lomba que está em frente da minha varanda e as garrafas batem todas umas nas outras… dou cada salto na cadeira aqui sentada ao computador! Chiça!!!

De vez em quando dou comigo a olhar para os sites das Zaras e Mangos desta vida… só para ver as novidades. Não dá pica nenhuma… definitivamente, eu não sou do online, nunca pensei dizer isto, mas eu gosto mesmo é do cheiro a chulé e a suvacum de um provador… saudades, pá!

Saudades de passar os sábados a laurear a pevide com Mana Querida, todo o dia, e chegar à noite sem sentir os pés e ir comer uma travessa de berbigão ou lamejinha à bolhão pato, seguido dos melhores lombinhos com ovo de que há registo, tudo regado com umas belas imperiais, no TrazVinho!

O meu gelinho já começa a estar num estado miserável, e os cabelos brancos já me acenam em hordas no cocuruto da cabeça… espero que os nossos políticos pensem nas gajas e nos deem, pelo menos, uma semaninha de pré-aviso para tratarmos da imagem, antes de voltarmos aos escritórios (vai ser uma tourada conseguir marcação!)

Hoje era suposto estar de férias, a organizar tudo para ir passar o fim de semana ao Porto com a famelga… Sr. Meu Pai faz anos na 2ª feira… já decidimos que nem um jantarinho vai haver… não vale a pena correr riscos…

...

A ver se falo com as primas todas...quando isto passar… não nos podemos esquecer que isto vai passar… havemos de fazer uma festa como nunca se viu… acho que este ano o nosso Acampamento dos Figueiredos vai ficar na história ...

 

Lontrinha report

Faz hoje uma semana que fui ao escritório pela última vez. Consegui falar com a vet, porque o bicho estava outra vez sem comer. Expliquei os sintomas, disse que estava a fazer a terapia de fluidos como me recomendou, mas mesmo assim há dois dias que quase não comia.

Disse-me que tínhamos que entrar em força, porque o mais certo era os valores renais estarem outra vez a disparar. Seria bom fazer análises para ter a certeza, mas tirar-lhe sangue significa ter que o sedar, mas a sedação só prejudica ainda mais a saúde renal… é uma pescadinha de rabo na boca.

A clínica veterinária está fechada. Só asseguram urgências, tratamentos em curso e venda de ração e medicação, com marcação prévia. Pediu-me para passar na clínica no dia seguinte para levantar a nova medicação.

No dia 17, ao final da tarde, lá estava eu à porta a recolher o saco e a guia de tratamento.

Os meus dias agora são assim:

Manhã: CERENIA (para os enjoos), 4 comprimidos para tomar de 2 em 2 dias. Quando não toma o Cerenia, toma o LESPERIM. Esmago os comprimidos numa tábua, até ter um pó, misturo num pouco de paté e dou-lhe a comer. Corre bem.

Meio da manhã: Uma seringa de SEMINTRA e uma seringa de HEPATO-RENAL (já nossos conhecidos há muito tempo).

Final da tarde: fazer o soro onde tenho que injetar ora 2 ml de ORNIPURAL (protetor hepático, cheira mal que se farta), ora 5 ml de VITAMINAS (alternados, dia sim, dia não).

Noite: Mais uma seringa de SEMINTRA e uma seringa de HEPATO-RENAL.

Também é suposto misturar um pó no paté, de nome RENAL N, duas vezes por dia. Confesso que nem sempre consigo que ele coma isso. O bicho cheira e afasta-se, como quem diz… ‘isto?... Come tu!’

Conta final… 180€!

Pumba, vai buscar!

Então e resultados? Não sei. Continua a não comer grande coisa. Às vezes toma a iniciativa e vai comer sem ser preciso insistir, outras vezes parece que se esquece que tem que comer. Já aconteceu várias vezes ‘levar-lhe o comer à cama’ e comer tudo o que lhe levo, e fico a pensar… ‘se estás com fome, porque não foste comer?’.

Enfim, haja algo de bom nesta minha quarentena…posso acompanhar o meu animal mais de perto, não tenho andar todo o dia angustiada a pensar se comeu ou não comeu e tenho tempo para gerir a medicação ao longo do dia.

Diário da minha quarentena

Conclusões a que cheguei agora que estou a finalizar a primeira semana de quarentena:

I

NÃO FUI FEITA PARA O TELETRABALHO

Odeio o teletrabalho.

Sim, ir e vir pode ser enervante… o trânsito, estar enlatada num qualquer transporte público é muita chato, mas…

Tenho saudades de vestir os meus trapinhos bonitos e calçar os meus sapatos de salto…

Tenho saudades de ir com as minhas colegas beber o meu abatanado do meio da manhã…

Tenho saudades da sala de refeições e de rogar pragas às colegas friorentas, que ligam o ar condicionado no quente em dias de quase 20º no exterior...

Tenho saudades dos comportamentos mirabolantes que vejo nos transportes públicos…

A minha casa é o meu refúgio, não é o meu local de trabalho. Cada coisa no seu sítio.

II

NÃO GOSTO DE ESTAR SOZINHA

Estes dias todos a ouvir falar das famílias fechadas em casa… dicas para não discutir com os maridos, para entreter os filhos…

Então e as pessoas que vivem sozinhas? Fazem o quê?

Às 5 horas desligo o computador, se não posso ir laurear a pevide a meu belo prazer, faço o quê?

Já não tenho muitas gavetas para mariekondar, o armário da casa de banho já foi reorganizado (descobri um frasco de álcool esquecido, quase fiz uma festa)… eu não tenho criaturas pequeninas a desarrumar à tarde o que eu arrumei de manhã… se eu arrumo, então fica arrumado!

Este fim-de-semana vou atacar os armários da cozinha e lá para o meio da semana vou fazer uma escolha nos meus sapatos, mas mesmo assim… sobra muito tempo, caraças!

...

Este domingo, pela primeira vez em muitos, muitos anos não vai haver almoço de domingo em casa de Srs. Meus Pais...

A minha PT ligou-me ontem, marcámos um treino via videochamada para logo à tarde...

E vocês, como se estão a aguentar?

Esperança!

Desde que esta história do COVID começou tenho tentado manter a calma. Não entrar em medos e pânicos desnecessários. Lavo as mãos umas 50 vezes ao dia, mas recuso-me a besuntar as mãos naquele gel mal cheiroso, nunca deixei de me segurar nos varões dos autocarros (que remédio!) e sempre carreguei nos botões dos elevadores… e vou lavar as mãos!

Tenho assistido a cenas caricatas, como aquela senhora que tirou um pedacinho de lenço de papel da mala e com ele carregou no botão do STOP do autocarro e depois saiu a segurar o pedacinho de papel na pontinha dos dedos, como se fosse a coisa mais nojenta à face da terra… o problema é que a paragem onde saiu não estava equipada com uma papeleira e lá ficou a senhora muito aflita sem saber o que fazer ao papelinho…

Ao contrário de muitas colegas que estão a panicar desde o primeiro dia… tento ver as coisas pelo lado positivo… sempre!

Ainda não morreu ninguém... ou morreu uma pessoa, mas com tantos problemas de saúde pré-existentes... já temos pessoas recuperadas...

Hoje percebi que não sou a única a pensar assim. Estou em casa, em teletrabalho (já quase louca, depois conto...). Tenho a televisão ligada na música, mas no almoço vi as notícias da SIC.

Se ontem o primeiro-ministro deu os parabéns ao Rodrigo Guedes de Carvalho pelas mensagens de civismo que tem transmitido em todos os Jornais da Noite, hoje acho que deviamos dar os parabéns ao Bento Rodrigues pela maneira como apresentou os últimos números da epidemia em Portugal, no Primeiro Jornal.

Sim, aumentou o número de casos, mas em percentagem é um aumento menor em relação aos dias anteriores… por cada número que parecia negativo, contrapunha uma outra forma de ver o mesmo número de forma mais positiva.

A isto chama-se ‘dar esperança’ às pessoas.

Não nos podemos iludir… ainda estamos longe, muito longe, de dar VIVAS… mas é nestas alturas, nestes dias em que vemos filas de carros funerários às portas dos cemitérios italianos, nestes dias em que a luz não se vê ao fundo do túnel, que é preciso dizer às pessoas que estamos no caminho certo e dar ânimo para continuar.

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