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Não sejas engraçadinha!

Como é costume dizer nestas lides "Este é um blog sobre tudo e sobre nada"

Não sejas engraçadinha!

Como é costume dizer nestas lides "Este é um blog sobre tudo e sobre nada"

Já tenho programa para a hora do almoço!

E que programa, minhas queridas! Coisa supimpa… coisa que só outra Gaja entende!

Ontem, durante o meu curto serão televisivo, em que penso em tudo, menos no que está a passar no écran, consegui delinear todo o meu modelito para o dia de hoje. É raro isso acontecer, coisa de que me arrependo todas as manhãs. Vocês sabem bem que ter tudo já definido na cabeça representa poder ficar mais 5 minutinhos na cama, não é?

Levanto-me… pôr comer ao gato… dar medicamento ao gato… pequeno-almoço ...duche ...abro o roupeiro… tiro calças, camisola, cuecas, soutien… e, após procura nos confins da gaveta, já em suores frios, constato para meu horror…

NÃO TENHO MINI MEIAS DA COR DA PELE!

E com este pequeno percalço… todo o modelito sucumbe.

Vocês, Gajas que estão aí desse lado… vocês percebem o meu horror matinal, não percebem?

Mas é na tragédia, é quando a pressão se instala, que a verdadeira Gaja se distingue!

Mirei os cabides do roupeiro com um olhar fuzilante e pensei ‘apruma-te mulher… que o autocarro não espera!!!’

Cheguei à rua e só tive dois segundos para olhar para mim… ‘ok… não estou de camisola amarela e calças vermelhas, tudo combina…siga!’  (há muitos anos, ainda na faculdade, era uma Gaja em construção, passei por uma destas... só sei que cheguei à paragem do autocarro e constato que estou toda em castanho... TODA - camisola, calças, botas, gabardine, chapéu de chuva, mala...) e corri para a paragem… em saltos altos, que uma Gaja sabe correr em saltos altos!

...

Então, perguntam vocês, e qual é o programa para a hora do almoço?!

Não se está mesmo a ver... vou ao chinês da esquina comprar mini meias da cor da pele (descobri, no fundo da gaveta, umas duas ou três embalagens por abrir... tudo preto)… um programa altamente glamoroso!

Sobre o bebé sem rosto

Quando a minha irmã estava a fazer a ecografia das 20 semanas (ou 22 semanas, não sei bem), o técnico virou-se e disse:

- Estou a ver aqui uma coisa que não está muito bem… isto tem que ser visto com mais cuidado… espere só um bocadinho…

Saiu da sala. Voltou um pouco depois. Explicou à minha irmã o que viu e que achava que devia ser visto com mais atenção:

- Estive a falar com os meus colegas que estão de banco no S. Francisco Xavier, já estão à sua espera… a máquina de ecografia que eles usam lá tem uma qualidade de imagem muito superior a esta…

E a minha irmã agarrou no coração que lhe tinha saído do peito… e foi.

Nos dias que se seguiram a obstetra dela disse:

- Temos que esperar o resultado dos exames… é melhor preparar-se para a eventualidade de ter que tomar decisões difíceis…

Foram semanas difíceis, nunca mais passavam.

Depois de ter os exames todos na mão, sentou-se com a médica e, apesar de ainda haver algumas dúvidas, a minha irmã tomou a sua decisão.

Consciente. Informada. Apoiada.

Tudo acabou por correr bem.

Era isto que o médico de Setúbal tinha que fazer.

SÓ ISTO!

Não me venham com tretas de investigações à clinica e queixas que não dão em nada. Este médico é incompetente.

É impossível que não tenha visto que faltava o nariz àquela criança… um pedaço do crânio… nos dias que correm!

Este homem é um criminoso!

Já conhecem o viaduto da CREL?

Este verão, no regresso a casa depois de gozar o meu primeiro dia de praia, demos com a estrada cortada. Um jovem polícia lá explicou que estava decorrer uma prova de atletismo (vulgo, umas corridas), e que tínhamos que andar tudo para trás e apanhar a entrada da autoestrada algures num sitio completamente desconhecido para nós.

Enquanto Mana Querida fazia a manobra para voltar para trás, vejo uma criatura que participava na dita prova de atletismo. Vinha sozinha na estrada. Não sei se já tinham passado todos, em que estado tinham passado, não faço ideia!

Coitadinha da senhora! Com um excesso de peso brutal, já nem conseguia andar, quanto mais correr… fiquei danada…“é o país que temos… corta-se uma estrada de acesso às principais praias da margem sul, num domingo de verão, para isto”… e aponto para a senhora que se arrastava estrada fora.

Esta foi a minha primeira reação. Em casa, já de banho tomado, lá consegui desculpar aquela gente toda. Se calhar era uma prova organizada por uma pequena coletividade de bairro que se esforça por promover a prática do exercício físico na freguesia, e isso é louvável. Mas não consigui deixar de pensar que se calhar podiam fazer a prova sem ter que passar naquela estrada, podiam ter escolhido um percurso que não empatasse tanto a vida dos outros, mas como estávamos dentro de um bairro residencial, com algum esforço até consigui aceitar… vá!

Agora há situações que simplesmente não consigo aceitar...

Neste domingo decidimos ir ao IKEA de Loures. A meio da ponte Vasco da Gama… trânsito parado. Depois de alguma investigação lá concluímos que era uma prova de atletismo. Numa ponte com 3 faixas de rodagem em cada sentido, ficamos reduzidos a UMA faixa em cada sentido.

Já no regresso a casa, passava da uma da tarde, parámos pouco depois de sairmos do Túnel do Grilo e fizemos o percurso quase até meio do tabuleiro da ponte a passo de caracol. Às duas da tarde ainda estavam a tirar a primeira fila de pinos da estrada e a recolocar o separador central. Devem ter precisado de pelo menos mais umas duas 2 horas para retirar tudo da estrada. Tendo em conta que devem ter começado a colocar tudo ao início da madrugada, então a ponte teve o trânsito condicionado mais de 12 horas.

Há também o dia em que cortam a ponte 25 de abril. Como é mais estreita, não dá mesmo hipótese e cortam na totalidade.

Isto tudo porque meia dúzia de maduros entende que giro, giro é correr em cima duma ponte.

Vou contar-vos um segredo. A CREL tem lá um viaduto com uma altura medonha, mais de 70 metros de altura. Quando estou a chegar a Lisboa, pela A8, olho para ele e até me arrepio com a altura daqueles pilares.

Larguem as pontes sobre Tejo… o que está mesmo a dar é correr em viadutos altíssimos.

Nota 1: Já para não falar na hipótese altamente radical que seria “Venha correr na segunda circular”… pensem lá… a meta na zona do aeroporto e conseguir uma selfie a correr com o avião mesmo a rasar a cabeça… LINDO!

Nota 2: No Porto, onde têm sei lá quantas pontes sobre o Douro, não há loucuras de pôr pessoas a correr no tabuleiro da ponte da Arrábida ou do Freixo. Quando muito passam no tabuleiro inferior da ponte D. Luís. Já em Lisboa, é uma festa. Só temos duas pontes, uma delas completamente saturada de trânsito, mas giro, giro é cortar o trânsito prá malta ir correr!

Vou-te mostrar...

Fui almoçar com umas colegas.

Decidimos ficar cá fora, na esplanada. Está uma tarde bonita, a esplanada estava à sombra.

Quando nos sentámos estavam dois jovens numa mesa há minha frente. Já estavam a pedir cafés.

Atrás de mim sentou-se um grupo de 3 ou 4 jovens. Vinham muito animados… ‘fizeram uma música de apoio ao Jesus… muita fixe… vou-te mostrar…’

Começámos a ouvir um cântico típico das torcidas de futebol, que saía de um telemóvel aos berros.

Olhámos umas para as outras…

De repente vejo um dos jovens que estava na outra mesa a arrastar a cadeira para ficar ao lado do amigo e olhavam fixamente para um telemóvel.

Começámos a ouvir os barulhos típicos de um trailer de um filme ou uma série daquelas cheias de tiros e lutas e música a condizer… assim estiveram vários minutos.

Não vou tecer comentários ao facto de se ter perdido completamente a noção sobre boas maneiras e civismo.

Confesso que houve ali um momento em que me apeteceu pegar no meu telemóvel e, só porque sim, pôr a tocar uma musica do Quim Barreiros aos berros. E que bom seria se o comensal que, entretanto, se sentou lá no fundo da esplanada decidisse que queria ver / ouvir, alto e bom som, o episódio de ontem da novela mexicana que anda a seguir…

A minha questão é:

COMO É QUE FAZIAMOS QUANDO NÃO HAVIA TELEMÓVEIS?

A sério pessoas, como é que faziamos para descrever alguma coisa que tivessemos visto ou ouvido, quando não havia telemóveis?

Diz-me uma das minhas colegas:

- Já reparou que as pessoas agora não dizem ‘vou-te explicar’ ou ‘vou-te contar’, as pessoas agora dizem ‘vou-te MOSTRAR’?

Conhecem aquela série portuguesa ‘Conta-me como foi’… agora já não contamos como foi (isso é tão anos 90), agora mostramos como foi.

Faltam dois meses...

... para a miúda fazer 12 anos.

Está grande, mesmo muito grande. Há dias dei comigo a olhar para o meu lado esquerdo e fiquei de queixo caido... o cucuruto da cabeça dela estava ali... résvés com o meu ombro... se pensarmos que tenho 1,72m e estava de saltos... e ela de ténis... são pernas que nunca mais acabam.

Está refilona, resmungona e acha que sabe tudo ... por enquanto, nada que não seja perfeitamente controlável com uma repreensão mais certeira de Sra. Sua Mãe.

Já passa os serões a falar com as amigas da escola pelo Whatsapp, porque, claro está, o tempo que estão na escola não chega para debater a fundo todos os dramas existenciais da turma. Diz a minha irmã que tem noites em que parece que a sala dela é um arraial de Santo António, cada uma na sua casa, mas todas a falar ao mesmo tempo no seu sofá, uma sucessão infindável de 'eu disse... e ela disse... e tipo' (ai o tipo).

E eu respondo... 'deixa lá... enquanto for na sala e em alta voz, está tudo bem... preocupa-te quando se fechar no quarto!'

Já não gosta que lhe compremos a roupa sem lhe dar hipótese de escolha. Quer estar presente e ter opinião (e se ela gosta de ter opinião...). Ainda não gosta de calças rasgadas nem o umbigo à mostra (rezamos para que se mantenha assim...), mas também já não gosta de golas à Camões, nem saias, nem vestidos, ainda aceita um ou outro folho, mas até isso deve estar para acabar. Pediu umas jardineiras de xadrez para usar no dia de Natal.

Já pediu à mãe para tirar alguns brinquedos do quarto e guardar na arrecadação. Já não gosta de bonecas, mas ainda gosta de brincar. Passa horas de volta de cadernos e canetas e lápis de várias cores e tubos de cola e fita cola e clips, tudo com muitos bonequinhos e autocolantes e bolsinhas e capinhas...

Ainda nos dá a mão quando vamos na rua. Ainda permite que o avô a leve e vá buscar à escola.

Num repente, no meio de uma tarde num centro comercial, tomou coragem e pediu para furar as orelhas.

Já gosta de ouvir música e cantar no banco de trás do carro... já é fã do Shawn Mendes e da Camilla, da Ariana Grande, da Taylor Swift. Já tem uma lista dela no Spotify da mãe.

Com tantos sinais misturados, disse-lhe que tinha que me fazer uma lista para eu saber o que quer receber nos anos e no Natal.

Esta manhã tinha isto no meu mail:

lista1.jpglista2.jpg

Resumindo e concluindo... a miuda está a pedir que mande embrulhar uma Staples!

Gosto especialmente das últimas frases... 10 coisinhas... mas tenta dar quase tudo!

São umas botas... BRANCAS, ok!?

Cristina-Ferreira3.jpgDolores-Aveiro.jpg

Serei a única a achar que são feias que dói?

Sempre me ensinaram que calçado branco no inverno é sinal de miséria. Agora temos duas das mulheres mais milionárias deste país a promover isto... porquê?

Repararam? Eu disse promover, não disse usar.

Até prova em contrário o que vejo é a Cristina numa sessão fotográfica em estúdio e a D. Dolores numa varanda... ambas bem protegidas de olhares públicos... pensem nisto, pessoas!

E está o mulherio todo histérico nas redes... que são lindas, que são um statement, que são poderosas...

A maior parte delas, se entrasse numa sapataria para comprar umas botas e lhes mostrassem isto, não as experimentavam nem sob ameaça!

Por favor, pessoas, não me obriguem a fazer o inverno de óculos escuros para evitar encadeamentos!

NÃO SÃO PODEROSAS!

SÃO SÓ FEIAS!

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