Deixo-vos a melhor canção de parabéns alguma vez escrita.
Foi escrita para celebrar um homem muito especial, dos mais especiais, e tem o condão de me deixar sempre bem disposta.
Sim, é de 1980! Sim, muitos de vós que estão a ler isto, se calhar ainda nem projeto eram, em 1980!
Em 1980 eu já era uma grande mulher... a lutar diariamente com as contas de dividir por dois ou mais algarismos... na 3ª classe! (continuo a lutar com elas até hoje...)
São quase 6 minutos de video... por isso, rápido... aproveitem que o chefe ainda não chegou, ponham o som a bombar e cantem os parabéns à Engraçadinha!
Na próxima semana vou prá terra. Uma semana e meia.
Estive a ver a previsão meteorológica para S. Pedro do Sul... (fu** a terra até tem o nome do Santo que controla o tempo...)
Uma constante de dias seguidos de temperaturazinhas sofríveis que raramente vão atingir os 20º (e se lá chegar será ali entre a uma e meia e as duas e meia da tarde…) isto quando não chover!
…
A ver se, à chegada, passamos logo no supermercado e atestamos a despensa lá de casa com ovos, farinha, açúcar, vários tipos de bolachinhas e chás…
A malta até podia entreter-se fazer limpeza nos roupeiros (tanta tralha que por lá anda...) ou a limpar os azulejos da cozinha...
Mas depois o pó deixa Mana Querida cheia de falta de ar e se ela não dorme bem, nós também não... é uma questão de solidariedade... e depois há sempre o risco de estalar o verniz das unhas e tinhamos que receber o Sr. Padre, no Domingo de Páscoa, com o gelinho estalado... não pode ser... é toda uma imagem que é preciso preservar...
Tou memo a ver… só com os canais da TDT para entretenimento… vão ser muitas as tardes a fazer bolo de chocolate, bolo de laranja, bolo de iogurte, scones... lanchinhos vários, só naquela do ‘'a malta tem que se entretar com alguma coisa" e "é preciso passar o tempo"…
De maneiras que... é isto...
Já me disseram que no Domingo de Ramos há festa na aldeia… vão assar um porco no jardim do Espírito Santo… yesss!
10€, all you can eat! Adivinhem lá quem já confirmou presença?
Coisas que me acontecem (principalmente coisas que me aconteceram nos primeiros tempos depois do meu Paulo morrer) para as quais até pode existir uma explicação lógica, racional, mas que não deixam de me provocar arrepios na espinha, porque não consigo deixar de pensar que não pode ser só uma mera coincidência e que alguma coisa, muito superior a nós, tem o poder de alinhar estrelas, astros e constelações e fazer acontecer… às vezes para o bem, outras nem por isso...
Esta semana aconteceu outra vez. Não comigo, mas com pessoas que conheço. Um casal vizinho dos meus pais lá na terra. Ambos criados com a minha mãe desde pequenos.
Tiveram uma filha deficiente profunda. A Isabelinha.
A Isabelinha viveu toda a vida entre a cama e a cadeira de rodas. Dependente a 100% para tudo. Os médicos diziam que não teria grande esperança de vida, mas aqueles pais abraçaram o que lhes calhou em sorte e dedicaram-se àquela filha de tal maneira que a Isabelinha espantou os médicos e viveu muitos anos. Mais de cinquenta…
Os anos foram passando. Os pais já na casa dos 80. Muitas vezes ouvimos aquela mãe dizer ‘se fechamos os olhos, quem vai tomar conta da minha filha? Ninguém toma conta dela como nós dois…’.
Quis o destino que o pai da Isabelinha morresse primeiro. Fez duas semanas no domingo. Todos a pensar naquela mãe, agora sozinha com uma filha adulta tão dependente… ‘como é que vai ser agora?’
Ontem recebemos a notícia. Outra vez o arrepio na espinha. A Isabelinha morreu.
...
Lá está… podemos dizer que é só uma coincidência. Podemos encontrar uma resposta racional e pensar que a Isabelinha era um ser frágil e sentiu um desgosto enorme quando deixou de ver o pai. Também se morre de tristeza, não é? Ainda mais quando se tem uma capacidade diferente de entender e aceitar o mundo…
Eu? Eu prefiro pensar na tal entidade, muito superior a nós, que sabia que chegara a hora de receber a Isabelinha, mas precisava de alguém para olhar por ela e, por isso, mandou chamar o pai primeiro… para estar lá, para a receber, e a Isabelinha não sentir medo, por se ver sozinha.