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Não sejas engraçadinha!

Como é costume dizer nestas lides "Este é um blog sobre tudo e sobre nada"

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Acabadinho de ler!

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Uma educação / Tara Westover

Uma palavra para descrever este livro: força

Mais uma biografia. Mais uma história de uma mulher que nos toca cá fundo. Uma história de violência, negligência, tirania, fanatismo.

Tara Westover cresceu no seio de uma família mórmom que esperava e se preparava para o Fim do Mundo. O pai, fanático religioso, não acreditava no Estado e, por isso, fazia questão de se manter à margem: os filhos nasciam em casa, em partos assistidos por parteiras, não eram registados à nascença, não iam à escola, não tinham assistência médica (todos os males, fosse uma constipação, um osso partido, uma queimadura de 3º grau ou um traumatismo craniano com massa encefálica a escorrer eram tratados em casa, com medicamentos homeopáticos que a mãe se especializou a retirar de plantas medicinais).

Tara e os seus irmãos cresceram numa casa isolada na montanha e desde muito novos foram postos a trabalhar na sucata explorada pelo pai. Assistimos a uma sucessão inenarrável de acidentes graves com estas crianças, porque aquele pai punha-os a executar tarefas impensáveis para um adulto, quanto mais para uma criança, sem tomar as mais básicas medidas de segurança e a mãe fechava os olhos… tudo era a vontade de Deus.

As mulheres deviam obediência cega primeiro aos pais, depois aos maridos, até aos irmãos. Não deviam mostrar os joelhos, as clavículas, muito menos os ombros, sob pena de serem consideradas umas rameiras, galdérias.

Havia provisões por todo o lado para quando o Fim do Mundo chegasse, desde dúzias de frascos de pêssegos em conserva na cave, até um tanque de combustível enterrado no quintal. Só que o Fim do Mundo… não chegou (lembram-se do bug do ano 2000?)… e foi nesse momento que Tara começou a duvidar do mundo que a rodeava.

Uma menina que nunca tinha ido à escola, que em casa tinha uns pais que nem se lembravam exatamente da idade que ela tinha e um irmão extremamente violento que a subjugava a seu belo prazer, debaixo dos olhos parentais, conseguiu fazer a admissão a uma faculdade local e dar inicio a um percurso académico brilhante. Entrou numa sala de aulas pela primeira vez na vida com 17 anos e acabou doutorada pela Universidade de Cambridge.

Só que este percurso teve um preço.

Assistimos à luta interior desta mulher. A diferença de valores do mundo à sua volta, choca de frente com tudo o que lhe foi tão violentamente incutido desde que nasceu.

Ter uma educação formal significava abdicar da sua família, cortar as suas raízes.

Foi um preço que pagou e do qual não se arrepende.

Primas... este post tem spoiler alert (é assim que se diz?)

No fim deste mês tenho um casório na família. A filha de uma prima resolveu oficializar o nó com o seu mais que tudo (credo que velha que estou... as minhas primas já casam filhas, CRISTO!!!)

Vai daí, vocês já sabem, a minha família é muito dada à ramboia, tem uma costelazinha cigana, gostamos de andar todos juntos, damos o coiso e oito tostões por uma festa, de forma que o arraial está montado: vai haver festa, no sábado dia 30, algures lá para os lados de Sintra.

Eu e Mana Querida andamos pr’ai desde janeiro de volta dos trapinhos à procura dos modelitos ideais para a festa e a combater dúvidas existenciais tendo em conta que a festa é numa altura do ano em que tanto pode estar um belo dia de praia, como um frio siberiano.

Ora, estávamos nós, numa tarde de sábado, no provador duma qualquer Zara desta vida, com a disposição certa para experimentar todos 50 vestidos e macacões que nos apareceram à frente, quando dou por mim a experimentar um vestido… vermelho (cá está o spoiler alert, primas!!!!).

Já vos disse que, desde que o meu Paulo morreu, nunca mais fui capaz de vestir vermelho (a cor que ele mais gostava de me ver). Neste inverno, pela primeira vez, dei comigo a namorar um casaco vermelho… pela primeira vez tive coragem para experimentar e, pela primeira vez também, não me senti mal com esta cor. Só não o comprei porque não gostei do corte.

...

Estava quase a dar um grito à Cristiano Ronaldo… SSSIIIMMM, quando me diz Mana Querida:

Não há uma regra qualquer sobre não ser de bom tom vestir vermelho nos casamentos?

Ao que eu respondo:

O vestido é lindo, assenta como uma luva… não quero saber… eu vou de vermelho!

Fiz umas pesquisas e parece que o vermelho não é muito bem visto em casamentos porque é a cor associada à provocação sexual. Diz que o noivo pode ficar perturbado e as noivas não costumam gostar de convidadas provocantes. O vermelho está reservado para a irmã do noivo, por ser a única pessoa à qual o dito cujo é imune.

Oh caraças!!! Então, e agora???

O vestido não faz de mim uma Jessica Rabbit (a bem dizer... nenhum vestido faz, faltam-me mamas e rabo a condizer), mas não quero deixar a noiva nervosa... é melhor deixar uma declaração de intenções:

 

Minha querida noiva,

O que mais quero é que nada te afete neste dia tão especial, por isso, se isso te fizer mais feliz e deixar mais descansada, posso assistir à cerimónia no cantinho mais escuro da igreja e não levo a mal se decidires pôr a minha mesa do almoço bem escondida na cozinha, desde que garantas que não me falta a comida.

Nada temas. Não é de todo a minha intenção provocar noivos alheios. Duvido que o teu noivo tenha como objetivo de vida aturar uma cota já a preparar-se para a menopausa. O mais certo é ele olhar para mim e achar que estou mascarada de Lady Bug.

Beijos, da tua prima!

Donos de gatos... revoltem-se!

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Ontem, enquanto esperava pelo barco para regressar ao Barreiro, ouvi uma conversa de duas pessoas que estavam ao meu lado:

“ai não… não gosto de gatos… os cães são muito mais fiéis, sabem que é o seu dono… o gato só quer que limpes a merda que faz e lhe enchas o pote de ração… não te conhece de lado nenhum!”

Como é que ainda há pessoas que pensam assim? Como é que há pessoas que ainda acreditam nestes estereótipos? Como é que ainda há pessoas que dizem que não gostam deste ou daquele animal?

 

Para mim uma pessoa ou GOSTA DE ANIMAIS, ou NÃO GOSTA DE ANIMAIS. Isso de gostar de cães, mas não gostar de gatos NÃO EXISTE (pronto... até posso admitir que existe um bocadinho no caso das cobras e lagartos assim no geral).

 

A ver se nos entendemos, pessoas ignorantes:

O GATO SABE MUITO BEM QUEM É O SEU DONO. Conhece muito bem quem lhe dá carinho, atenção, mimo, brincadeira. E sabe muito bem recompensar o seu dono.

Quando tem dois donos dentro de casa, o gato sabe muito bem quem dá o quê… e a que horas. Para o meu gato, o Paulo era o dono que dava a brincadeira. Eu fui sempre a dona que dava o mimo, o colo, a comida.

A última vez que o meu gato foi ao veterinário (para ter alta da pancreatite) foi uma luta para a vet lhe tirar sangue. Quando entrei no consultório o bicho estava desvairado, ninguém se conseguia aproximar dele. Esperei um minuto ou dois, cheguei a minha mão ao seu nariz, devagarinho, e, imediatamente, o bicho começou a ronronar, aceitou os meus mimos, beijinhos na cabeça, ele sabe que eu sou a dona… foi só a vet mexer-se… olhou para ela e bufou que parecia um leão.

Em casa, tenho que estar sempre no campo de visão dele. É a minha sombra. Quantas vezes estou a lavar a loiça, sabendo que o bicho está deitado no tapete mesmo atrás de mim. Quantas vezes estou a passar roupa a ferro e vejo uma orelha a surgir na ombreira da porta… só um olho, tipo “tou aqui e tou ta’ver”…

Não sei se é assim com os cães, mas o meu gato escolheu-me para sua dona, muito antes de eu me afeiçoar a ele. O Paulo e o Melga eram dois humanos que andavam lá por casa… eu sempre fui a humana que ele escolheu para ser a sua dona. Coisas como cortar as unhas, escovar o pelo ou cortar pelo sujo de cocó, na zona genital… só a dona é que faz, mais ninguém tem permissão para ter esse tipo de intimidades.

Sim, é verdade… o gato é uma criatura mais independente do que um cão. Gosta do seu espaço e das suas rotinas, mas desenganem-se pessoas parvas… o gato conhece muito bem o seu dono… aquela pessoa que ele recompensa com turrinhas, massagens e miados baixinhos ao ouvido, logo pela manhã.

Depois deste post... não falo mais neste assunto...

... mas hoje ainda tenho que falar.

Estive todo o dia de volta do computador a despachar assuntos aqui da minha chafarica, mortinha por acabar a tempo de vir aqui despejar o meu saco, por isso, tenham paciência, e se quiserem leiam-me.

Ainda sobre os programas de televisão maravilhosos com que fomos brindados no passado domingo. Ontem à noite, depois de despachar mais dois episódios da Anatomia de Grey, mudei para a SIC Caras, para ver a Passadeira Vermelha.

Antes de mais, deixem que vos diga que aquilo é cada vez menos uma Passadeira e cada vez mais um programa de promoção dos restantes programas da SIC. Passam mais de metade do tempo de antena a falar da Cristina, dos Casados ou de outro programa qualquer que seja preciso publicitar e dizer que é maravilhoso e fantástico.

Claro que ontem o alvo foi o programa dos agricultores, eu já estava à espera disso e estava muito curiosa para os ouvir.

Minhas queridas pessoas... pouco faltou para assistirmos a um orgasmo em público. Que programa fantástico, maravilhosamente apresentado (claro!), imagens nunca vistas na televisão portuguesa...

Ficámos mais uma vez a saber que a SIC não emite reality shows, ficam escandalizadíssimos com esta expressão.

A SIC emite'experiências sociais', ok? Reality shows é lá com o outro canal... manhoso.

Nenhum deles conseguia perceber as reações que surgiram nas redes sociais. Só me lembro de ouvir o Cláudio Ramos a defender que 'ninguém obrigou as mulheres a participar, só lá vai quem quer... o objetivo de um canal de televisão generalista é entreter, emitir entretenimento...'

Desliguei a televisão, depois de ouvir isto.

Pensei que um órgão de comunicação social, além de entreter, deve, antes de mais, EDUCAR.

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