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Não sejas engraçadinha!

Como é costume dizer nestas lides "Este é um blog sobre tudo e sobre nada"

Não sejas engraçadinha!

Como é costume dizer nestas lides "Este é um blog sobre tudo e sobre nada"

Acabadinho de ler!

Fim, Fernanda Torres

Uma palavra para descrever este livro: vida.

Tinha muita curiosidade em ler este livro, e não foi nada fácil encontrá-lo nas livrarias. Aconteceu uma coisa que nunca me tinha acontecido. Estava a gostar muito da leitura (gostei muito de o ler), levei-o comigo no ultimo fim de semana que passei na terra. Tinha a casa cheia de gente, tudo a falar… os pequenos discutiam uns com os outros, os grandes falavam alto… às tantas dou comigo a olhar para as páginas ‘… mas quem é esta Célia? De onde é que esta gaja apareceu?’

Não queria desistir da leitura, mas estava tão baralhada que tive que o largar. Esperei uns dias e recomecei a leitura da página 1… e foi num tirinho.

 

fim.jpg

O livro conta a história de cinco amigos cariocas que se conheceram na juventude, no final dos anos 50. Conhecemos um a um, nos seus últimos momentos de vida.

Álvaro, o último a morrer, que nos fala do seu casamento frustrante. Sílvio, completamente enlouquecido, viciado em drogas e sexo. Ribeiro, que nunca casou, apesar de adorar mulheres, tanto quanto adorava o Viagra. Neto, o bem-comportado do grupo, fiel, pacífico. E por fim, Ciro, o primeiro a morrer, o galã de cinema, por quem todas as mulheres suspiravam.

Cada capítulo é dedicado a cada um dos amigos e sempre narrado na primeira pessoa. Cada um deles conta a sua vida, vista pelos seus olhos. Quando os fecham pela última vez, conhecemos os relatos das pessoas que os rodeavam, não só dos outros amigos, mas, principalmente, das mulheres que os rodeavam. As mesmas situações são narradas pelos olhos de cada um, nas várias perspetivas diferentes, e assim o leitor acaba por ter o desenho completo do que se passou.

É um livro que fala do fim da vida e da tristeza da morte, emocionou-me sempre a parte em que cada um dos cinco amigos se VÊ velho pela primeira vez. Também é um livro divertido, cheio de situações hilariantes descritas com aquelas expressões tipicamente brasileiras que já ouvimos vezes sem conta nas novelas, mas não se deixem enganar, são apenas cenas pontuais. A escrita é crua, rude, brutal, revoltada, zangada, sem rodriguinhos.

Acima de tudo, acho que é um livro que conta a história de uma geração. Cinco homens, nascidos nos anos 30, profundamente machistas, que acabam a vida zangados, não só com o facto de terem envelhecido, mas sobretudo, zangados com as mulheres, que nunca conseguiram aceitar como iguais.

Só quem anda nos transportes públicos, me compreende! #25

Cheguem-se a mim, pessoas queridas, que vos vou passar um grande ensinamento que aprendi ontem num autocarro da Carris, numa viagem entre o Parque das Nações e o Terreiro do Paço. Eu acredito piamente que o conhecimento deve ser partilhado, temos o dever de levar a luz a todos, pelo que não poderia ficar com isto só para mim.

 

Pessoas queridas, não pensem que é impossível ir sentada num transporte público a falar ao telemóvel enquanto se tem um espelho de carteira numa mão (daqueles duplos que se dobram e um deles aumenta) e uma PINÇA na outra mão e, entre um risinho e um comentário com a amiga que está no outro lado da linha, ARRANCAM-SE PILOSIDADES DA FACE (tipo aqueles pelos muito grossos que algumas senhoras têm no queixo…) e lá pelo meio ainda se espremem uns pontos negros no nariz!

 

Sim… é possível. Vi ontem uma criatura fazer esta figura no 782 da Carris que saiu do Parque das Nações, pelas 18h00.

Há vários comportamentos praticados nos transportes públicos que me irritam solenemente, mas as criaturas que descontraidamente praticam atos ÍNTIMOS, de HIGIENE, têm um lugar todo especial no meu coração…

#aiosmeusolhinhos

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Contra o plástico, marchar, marchar!

Quem me segue no Instagram talvez tenha visto uma foto que publiquei este fim de semana com esta legenda.

Pois é, pessoas! Já escrevi aqui em tempos que esta coisa do plástico anda a encanitar-me os neurónios, principalmente nas idas ao supermercado. É assustadora a quantidade de plástico que trazemos para casa todas as semanas. Plástico que tem como ÚNICA utilidade embalar produtos. Uma vez chegados a casa, retiramos os produtos da embalagem e o dito plástico, sob as mais variadas formas, acaba no caixote do lixo.

Tomei mais consciência disso desde que estou a viver sozinha. Não faço muito lixo orgânico, até porque só cozinho ao domingo, é muito raro ter uma garrafa de vidro para o vidrão e o papel reduz-se à quantidade insana de publicidade não endereçada que vem parar à caixa do correio, mas o caixote do plástico enche à velocidade da luz. É uma loucura!

Já há algum tempo que presto atenção e guardo os sacos de plástico das frutas e legumes para reutilizar numa nova viagem ao supermercado. Também já reparei em alguns olhares espantados quando retiro um saco de plástico usado para comprar laranjas ou bananas.

Achei que devia ir um pouco mais longe e fazer mais alguma coisa. Já ouvi falar no flagelo das palhinhas de plástico e dos cotonetes. Pus-me a pesquisar e vi alguns vídeos sobre pequenos comportamentos que podemos adotar para deixar de lado o ‘usa e deita fora’, em alguns desses vídeos vi as imagens daquela tartaruga marinha que foi encontrada com uma palhinha de plástico enfiada numa narina, e fez-se o tilt…

Encontrei este site português, o Pegada Verde, e fiz uma encomenda de sacos para ir às compras e aproveitei e comprei também uma escova de dentes e cotonetes de bambu (uso sempre cotonetes, um dos hábitos que o Paulo me deixou, mas nunca os deitei na sanita, não consigo entender como é que se deita um cotonete na sanita!!!!)

Este fim de semana, eu e Mana Querida já fomos ao supermercado com os nossos sacos novos. Quando cheguei à caixa para pagar, a menina que nos atendeu olhou para os sacos ‘…ah, diga-me onde comprou… ando à procura disso e não encontro em lado nenhum…’.

O site trabalha muito bem. Fiz a encomenda na 3ª ou 4ª feira, paguei no multibanco e na 6ª feira já tinha a encomenda na minha mão. No próximo mês estou a pensar encomendar uma marmita e, eventualmente, uma(s) bolsinha(s) para guardar o lanche (para reduzir gasto insano de guardanapos de papel…).

São coisas pequeninas, eu sei, mas é preciso começar por algum lado.

Já selecionei mais alguns comportamentos que quero pôr em prática:

- Voltar a usar cestas de vime em vez dos sacos grandes do supermercado (são de plástico);

- Voltar a usar detergente da roupa liquido e não em pastilhas (porque raio é que até a dose de detergente tem que vir embrulhada em plástico? Ao ponto a que chegou a nossa preguiça!);

- Não aceitar mexer o café com aquelas palhetas, pedir sempre uma colher;

- Não voltar a comprar caixas de plástico (em casa já só uso de vidro, mas para as marmitas é mais difícil de concretizar. Estou a pensar comprar uma marmita em aço inoxidável, mas isso implica ter um prato no trabalho, porque a marmita não pode ir ao micro-ondas… tenho que pensar e pesquisar soluções);

- Fazer os possíveis por comprar SEMPRE a granel, ou então em embalagens gandes (por exemplo: em vez de comprar 4 iogurtes individuais, comprar uma embalagem grande de iogurte e preparar em casa com fruta ou cereais para o lanche). O que eu gostava mesmo era que houvesse no Barreiro uma loja de venda de produtos alimentares a granel. Será que já existe e eu não conheço?

- Sempre que possível, se o mesmo produto existir à venda em embalagens de plástico e em embalagens de vidro, escolher o vidro;

 

A questão que me encanita os neurónios agora é: como congelar alimentos sem recorrer a sacos de plástico?

Aceito sugestões…

Também tiro fotografias...

Descarreguei as fotografias que estavam a empanturrar o meu telemóvel, ao ponto do coitadinho já não se conseguir mexer.

Decidi passar o serão a organizar as ditas fotografias em pastas no meu computador.

Eram quase 1000 fotografias...

MIL fotografias que, no fim do serão, na sua larguissima maioria, estavam guardadas em DUAS PASTAS com os nomes:

 

COMIDA

Sequência interminável de fotos de copos e pratos e tachos e sobremesas e mesas cheias de travessas e gente a comer.

GATO

O meu animal em todas, mas mesmo todas as posições e ângulos que possam imaginar (acho que só falta uma foto do bicho a fazer o pino!)

 

Gostei muito deste serão... deu para fazer uma introspeção. Fui para a cama a pensar:

'Uma pessoa que não te conheça e visse só as fotografias do teu telemóvel, ía pensar o quê de ti?

Que és uma maluquinha dos gatos que está sempre a enfardar!'

 

Familia, pessoas que me conhecem, pessoas que me leem aqui, respondam por favor, tirem-me esta dúvida que me encanitou toda a noite:

É esta a ideia que têm de mim?

 

 

 

Só quem anda nos transportes públicos, me compreende! #24

Ouvido na sexta feira, num autocarro no Barreiro.

Senhora de pé, atrás do banco onde eu estava sentada, a falar ao telemóvel, naquele tom de voz que mais parece ter um megafone na boca:

"... estou... estou tia... olhe é só para lhe dizer que o meu pai acabou de morrer agora às sete horas... não sei... ainda não sei nada... a minha mãe foi agora lá para a misericórdia para saber mais notícias... não, não, por mim não havia nada disso, era à porta fechada e amanhã no cemitério e pronto... não há padres nem nada disso, que o meu pai não gostava, despachava-se tudo... pois, pois... olhe não tenho o numero da tia xxx... obrigada tia, se lhe puder telefonar... pois, pois, mas eu não sei mais nada, quando souber eu ligo-lhe... pronto tia, beijinho muito grande..."

Graças aos céus chegou a minha paragem.

Passei por ela ao sair do autocarro, lá estava agarrada ao telemóvel à procura de outro número... ía contar a outra tia ou prima qualquer...

 

Então esta criatura não podia esperar mais dez minutos para chegar a casa e ligar à família toda e comunicar a morte do SEU PAI?

Então esta criatira precisava de apregoar em pleno autocarro, em hora de ponta, que 'despachava' já tudo 'amanhã'?

 

Eu ainda me espanto com a falta de noção das pessoas, com a falta de decoro, de reserva da sua intimidade, da sua vida privada...

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