Lembram-se de vos ter falado que ia haver outra Caminhada lá no meu burgo?
A tal da Baixa da Banheira, que no final dá direito a bifana + bebida + caldo verde?
Pois é, pessoas!
Ontem de manhã comecei a receber mensagens a dizer 'ah e tal... não sei se me apetece...', para depois começar o 'ah, se calhar até era giro...' e PUMBA, em menos de nada já estavamos no 'então e onde é que a gente se inscreve?'
De maneiras que é assim... sábado dia 7 de julho lá estaremos, na Baixa da Banheira, na 3ª SUNSET RUN RIBEIRINHA, frescas e fofas e muita estilosas!
Sim, estilosas... nós reparámos na corrida do Barreiro que houve gajas que personalizaram as camisolas que foram oferecidas.
Pronto... digamos que a personalização delas era quase sempre no sentido de mostrar mais pele que o recomendado e a minha grupeta é composta maioritariamente por quarentinhas e quarentonas, enxutíssimas, que fique claro, mas já com outra rodagem e experiência, por isso vamos apostar numa personalização mais no sentido do glamour, do saber estar...
Entretanto, uma colega do ginásio percebeu que a minha grupeta se inscreveu e vai dai, pergunta se nos queremos juntar à equipa dela... as FOREVER PETISCO.
Parece que na corrida da Baixa da Banheira a maior equipa ganha.... UM LEITÃO ASSADO. Não nos fizemos rogadas e já estamos a tratar do assunto.
A malta da Baixa da Banheira sabe fazer as coisas, são profissionais... sabe o que são verdadeiros incentivos!
Basta encher a meta de comes e bebes que a malta aparece!
'Oh Rita, não te preocupes... no domingo podes ficar a dormir outra vez até mais tarde', dizeis vós em santa inocência.
O problema é esse! Para esse domingo, dia 8, temos marcado (desde a Páscoa) o 4º Acampamento dos Figueiredo (também já vos falei dele por aqui e aqui). Os primos todos reunidos para um glorioso dia de praia... e se há coisa que os meus primos têm, em abundância, é FILHOS... bué mini-pessoas que não sossegam e não se calam nem sob ameaça.
Se quiser dormir alguma coisa acho que vou ter que pegar na toalha e refugiar-me nas dunas da Praia da Rainha! (assim o S. Pedro o permita...que o estou a ver muuiitto envergonhado)
Pronto, agora vou esperar um bocadinho para vocês irem todas buscar as forquilhas e os arpões para me trucidar...
...
‘Olha esta… armada em esquisitinha, mete nojo!’
‘Oh filha, é porque não precisas! Ganhas bem!’
...
Sim, volto a dizer, eu não gosto de ir aos saldos. Por várias razões. Passo a explicar:
Razão n.º 1: as lojas não estão arrumadas. Não estou a falar em entrar numa Zara desta vida numa tarde de sábado, não! Estou a falar em entrar numa Zara desta vida às 10 da manhã e ver aqueles varões tão carregados de cabides que é preciso comer um bife para conseguir afastar os ditos e ver alguma coisa.
Além disso, ainda temos roupa mal pendurada, do avesso, meia dúzia de calças numa ponta tudo M e S, tu queres um L que não existe e mais tarde, já a sair da loja tropeças no dito L que, por acaso, está na outra ponta do varão, mas como já enfrentaste uma fila do demónio para experimentar e vês outra fila sem fim na caixa para pagar... a paciência já não resiste!
Podia comprar online. E às vezes compro. Mas as compras online para mim têm um senão: ou a loja aceita pagamentos por multibanco ou então não dá. Cartão de crédito foi bicho que bani da minha vida.
Razão n.º 2: experimentas um macacão lindo de morrer, que te fica mesmo, mesmo bem. Olhas para a etiqueta do preço e ficas a balançar e pensas ‘os saldos estão mesmo aí à porta… esperas 15 dias e pode ser que tenhas sorte…’ e no primeiro dia dos saldos entras na loja e não vês nem um exemplar para amostra, mas não desistes (afinal és uma gaja e uma gaja não desiste assim à primeira…) e vais ao site da loja e o tal macacão está marcado como ‘AVANÇO DE TEMPORADA’…
Se é para ser ‘avanço de temporada’ ou ‘nova coleção’, pelo menos tenham a amabilidade de pôr as peças nas lojas só no dia em que começam os saldos e não 2 ou 3 semanas antes (já para não falar nos casos das 'novas coleções' que estão na loja desde maio...)
Razão n.º 3: conheces a coleção da loja com alguma profundidade, tens o catálogo lá em casa, que costumas namorar ao serão, tens algumas páginas marcadas e tudo, naquelas peças que sabes serem caras, mas pensas ‘nos saldos até pode ser que tenhas a sorte de ter um preço mais camarada’. Na primeira semana dos saldos entras na dita loja, começas a correr os varões carregadinhos de cabides e às tantas pensas ‘onde raio estará a coleção deste ano?’
Não é por nada, mas se é para comprar peças de há duas ou três estações atrás, não preciso de esperar pelos saldos, vou a um outlet, certo?
É mais ou menos por isto que não gosto de saldos. Porque me sinto enganada.
E ainda há a questão dos preços praticados. Não entendo como é que podem chamar SALDO a um desconto de 20%. Eu compro roupa durante todo o ano e, em certas lojas, sempre com descontos de 20% ou 30%, fora da chamada época de saldos, porque é o dia da mulher, o dia da criança, o dia da mãe, o aniversário da loja, etc, etc…
Uma calça que custa 39,90€ não está em saldo porque passou a custar 29,90€, quanto muito está em promoção, para estar em saldo tinha que custar no máximo 19,90€.
Vocês já sabem que os meus fins-de-semana costumam ser animados. De tal maneira que este domingo obrigámo-nos a PARAR. A sério, queríamos ir à praia, mas depois do dia de sábado, principalmente o serão de sábado, tivemos que baixar os braços e decidir ficar a manhã de domingo na cama. Há tanto tempo que não dormia até às 10 da manhã!!!
Então e o que fizeste no sábado, Rita?
De manhã fui à PT, seguido de banho rápido e nova saída de casa para fazer compras no supermercado (afinal a malta come todos os dias e é preciso garantir que o frigorífico está abastecido para a semana toda), seguido de almoço e nova saída para realizar tratamento de estética no rosto (porque a malta já não vai para nova e a partir de uma certa idade é preciso ‘retardar os efeitos do envelhecimento cutâneo’, pelo menos é o que me dizem e como eu gosto desta coisa dos cremes e massagens e afins…juro que houve ali uns minutinhos em que passei pelas brasas, soube tão bem!).
Regresso a casa, mas não para sentar a bunda no sofá. É preciso pôr a máquina a lavar roupa e arrumar cenas várias que durante a semana vão ficando espalhadas um pouco por todo o lado.
Liga Mana Querida: ‘temos que ir mais cedo, é preciso levantar os dorsais e depois jantamos por lá…’
Dorsais do quê, perguntam vocês?
Pois bem, esta que vos escreve resolveu ir na conversa de um grupo de gajas enlouquecidas e inscreveu-se no FORUM BARREIRO NIGHT RUN 2018.
‘Há e tal… são só 5 Km de caminhada…’
Vi o percurso e pareceu-me fazível... lá fomos!
Numa parte do percurso passámos por uma placa que dizia ‘3 Km’…
Pensei com os meus botões ‘já fizemos 3Km? Mas ainda falta tanto prá acabar!!!… então, o percurso que falta é mais do que aquilo que já fizemos… será que estão a dizer que faltam 3Km… então mas estou farta de andar e ainda só fiz 2Km?…epá oh Rita, não verbalizes as tuas dúvidas, não assuste o mulherio, anda masé prá frente, mulher!’
As minhas dúvidas estavam certas. Chegadas à meta, o telemóvel da adolescente que estava connosco marcava SEIS VIRGULA SETE KILOMETROS.
No fim deram-nos uma medalha, uma garrafinha de água e uma maçã, que me soube muito bem, não digo que não, mas a corrida que fazem na Baixa da Banheira dá direito a bifana e caldo verde!!! (só tou a dizer Sr. Presidente da Câmara do Barreiro, pró ano veja lá isso, tá bem!!!)
Depois disto, decidimos que seria melhor ficar a manhã de domingo a dormir e à tarde levámos Sra. Minha Mãe ao chinês, porque já está calorzinho para calçar sandálias e queria comprar um ou dois vernizes para pintar as unhas. Encontrámos este. Que acham? Ninguém bate os chineses a dar nome aos seus vernizes!
Quando digo a colegas meus que demoro uma hora e meia no trajeto casa/trabalho, muitos ficam de queixo caído e acham impossível eu não querer utilizar um carro nas minhas deslocações.
Não quero! Não preciso!
Graças aos céus vivo num sítio bem servido de transportes públicos. Vou a qualquer lado de autocarro, de barco, de metro. Sim, eu sei que tenho que lidar com as greves, com as supressões, com os atrasos. Se num dia consigo fazer o trajeto numa hora e quinze minutos, no dia seguinte, posso precisar de duas horas para fazer o mesmo trajeto, à mesma hora.
É chato? É. Esgota-me a paciência? Esgota. Uns dias mais do que outros, depende muito do meu estado de espírito.
...
Sabem o que me esgota MESMO a paciência? Mesmo que esteja muita bem-disposta, numa sexta-feira à tarde, a caminho de casa? As pessoas. Mais precisamente a falta de CIVISMO das pessoas.
Vivemos num país onde, em 2018, o Metro ainda tem que fazer campanhas publicitárias para ensinar regras básicas de convivência e civismo aos seus passageiros. Coisas simples como facilitar as entradas e saídas, dar lugar aos mais velhos, não falar aos berros ao telemóvel, seguir nas escadas rolantes encostado à direita. Sabem porquê?
Há dias na estação de S. Sebastião (sim, aquela estação com plataformas minúsculas e escadas ainda mais minúsculas, onde circulam milhares de pessoas) o metro da linha vermelha chega à plataforma. Saem todos os passageiros. À minha frente sai um rapaz, que precisou de quase chocar com um passageiro que estava na plataforma, para entrar na mesma carruagem, mas posicionado não ao lado da porta, mas à frente da porta da carruagem.
Claro que o senhor se sentiu incomodadíssimo porque o rapaz teve quase que passar por cima dele para conseguir sair da carruagem e, claro, chamou-lhe a atenção. O rapaz, entendeu que não tinha que ficar calado, e lá lhe tentou explicar que o seu comportamento não estava correto, que devia facilitar a saída dos passageiros e só depois entrar na carruagem. E não é que o senhor ficou todo ofendido por ter um miúdo a dar-lhe lições de educação. E qual foi a resposta do senhor?
Atirou-se ao rapaz, aos encontrões, a chamar-lhes os nomes mais inconcebíveis, aos gritos que se ouviam em toda a estação. Claro que houve logo um grupo de passageiros que rodeou o rapaz e o tirou dali, porque já sabemos, não é? Não vale a pena sequer tentar falar com pessoas assim…
Hoje, na mesma estação, eu a descer as escadas em ‘contra-corrente’, numa filinha indiana encostada ao corrimão, com dezenas de pessoas a subir. Pois houve uma criatura execrável que ao subir as escadas, fez questão de dar encontrões (encontrões à séria, do estilo quase que me deslocava o ombro) em todas as pessoas que seguiam no sentido contrário ao dele…
A sério, não são as greves, ou a supressões ou os atrasos que me fazem perder a paciência… são as PESSOAS.
Temos a versão do ‘bicho-papão’ e a versão do ‘homem do saco’. São histórias que contamos aos nossos meninos para os impedir de se aventurarem ou para os convencer a comer a sopa toda. Com o tempo, os nossos meninos aprendem que o ‘bicho-papão’ ou o ‘homem do saco’ não existem…
…
Por estes dias muitos meninos sul americanos encontraram o bicho-papão, afinal ele existe. Vive algures na fronteira entre o México e os gloriosos Estados Unidos da América (pelos menos é assim que o povo americano se vê… se acha… ‘glorioso’).
Não sei quem me enoja mais…
Quem emitiu a ordem?
Quem manda executar a ordem?
Quem, no terreno, pratica a ordem?
...
Como é que é possível que em TODA a cadeia de comando, desde o merdoso do Presidente, até ao polícia menos graduado que está no terreno, não houve uma alma decente, com algum grau de autoridade, que tenha posto a mão na consciência e se tenha rebelado contra isto? Como é que estas pessoas conseguem deitar-se à noite e DORMIR? Como é que conseguem chegar a casa e olhar para os seus filhos, sabendo que passaram o dia a ENJAULAR CRIANÇAS?
Não consigo entender. Quando o homenzinho assinou aqueles decretos a proibir a entrada de nacionais de certos países, vieram juízes e governadores declararem-se contra a medida e agora… quando estão em causa os mais vulneráveis dos vulneráveis (CRIANÇAS) ninguém disse nada?
Ninguém disse 'Eu não vou cumprir esta ordem!', 'Eu não vou praticar uma barbaridade destas!', 'Não é assim que este problema se resolve!'
Este é o mesmo povo que apoia Israel, envenenado os écrans com histórias dos palestinianos que escondem armamento em escolas e que utilizam crianças como escudo contra os ataques.
Então e agora, estão a fazer o quê?
Já não tinha muito respeito pelos americanos. Sempre os achei um povo cheio de manias. Agora?