Lembram-se que no topo da lista estava aquele candeeiro maravilhoso, de nome Taccia, dos maninhos Castiglioni?
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Eu tenho uma verdadeira pancada com candeeiros. Tenho vários espalhados pela casa toda. Já cheguei ao limite de mandar instalar uma tomada na parede, só para poder acender um cadeeiro, naquele canto! (Raios partam os engenheiros deste país que concebem casas com tomadas em paredes absolutamente inúteis e depois falham em paredes ESSENCIAIS, tipo a parede principal do hall de entrada ou concebem cozinhas apenas com UMA tomada em toda a bancada!)
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Voltando ao assunto:
Pois que apenas 5 anos depois de conceberem o Taccia, em 1967, estes maninhos voltaram a juntar esforços e desenharam este candeeiro:
Apresento-vos o SNOOPY.
Eu sei que já estamos muito no limite do prazo, mas acham que ainda posso pedir ao Pai Natal?
É muito mais barato que o Taccia, quaisquer 700,00€ chegam.
Potenciais interessados em me oferendarem… que o espírito do natal consumista esteja convosco!
Mais uma vez o trajeto da linha vermelha do Metro de Lisboa, entre S. Sebastião e Oriente.
Quase todos os dias viajo na mesma carruagem e, de preferência, no mesmo lugar (sim, sou gaja, tenho quase 45 anos, tenho direito às minhas manias).
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Ontem
Sentou-se à minha frente uma criatura do sexo masculino que, a meio da viagem, decidiu sacar da sua laranja que vinha no bolso do casaco, começou a descascar e a comer a dita... a malta sentadinha e começa a ver os respingos da casca da laranja a saltar para todo o lado... por sorte a dita laranja era sequinha como as palhas, por isso, não houve direito a pingos.
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Hoje
Sento no mesmo lugar (lá está, manias), à minha frente estava sentado um rapaz, jovem adulto, na casa dos vinte.
Todo vestido de preto com apontamentos em branco. Bué estiloso!
Boné (acho que agora se chama cap, porque tem a pala direita) e sweat com gorro vestido por cima do cap, jeans rasgados nos joelhos.
O cap dizia 'SKATE AND DESTROY' em letras estilizadas. A sweat dizia qualquer coisa do mesmo estilo, já não me lembro das palavras exatas, mas tinha uma caveira de um animal, com cornos e o númeo 666.
Até aqui tudo bem, só que... depois reparei no telemóvel... um iPhone, branco e... cor-de-rosa...
Depois reparei nas mãos tatuadas... nos dedos dizia LOVE LIFE (uma letra em cada dedo) e nas costas de uma das mãos tinha um ursinho (parecia um teletubbie) e na outra... o Rato Mickey.
Quando sacou da carteira reparei que trazia um porta chaves do Rato Michey pendurado...
Algo me diz que a cabeça deste rapaz está numa grande encruzilhada!
É isto o que está em causa, neste caso da Raríssimas.
Ou a falta dela.
Ainda não li nada sobre uma eventual negligência nos cuidados disponibilizados aos beneficiários desta associação, por não haver fundos, mas acho que isso é óbvio.
Acho que não está em causa a qualidade dos serviços prestados… mas se os fundos não tivessem sido desviados, se tivessem sido canalizados para quem de direito, em vez de utilizados em benefício próprio… conseguem imaginar quantas mais pessoas teriam beneficiado dos serviços prestados pela Raríssimas?
Além do desgoverno e prepotência daquela pessoa, outra coisa que não consigo entender e que diz muito do carater de uma pessoa, é com é que se cobra a uma IPSS, uma instituição de SOLIDARIEDADE social, um ordenado de 3000,00€. Não quero com isto dizer que essa pessoa devia prestar os seus serviços, sejam eles quais forem, a título pro bono, mas três mil euros!
Como é que cobrea um ordenado destes de uma instituição, que vive de subsídios do Estado e donativos, criada para prestar serviços essenciais aos mais desprotegidos da sociedade?
Já deu para perceber que este caso toca em pessoas muito conhecidas e bem colocadas, por isso, é quase certo que acabará tudo varrido para debaixo do pano.
A nós resta-nos não generalizar e não passar a desconfiar do trabalho de todas as IPSS.
Por mim falo, quero continuar a acreditar que há por aí pessoas realmente dedicadas e empenhadas em praticar o bem e lutar pelos interesses de quem mais precisa.
O povo diz que ‘basta uma maçã podre para estragar um cesto de maçãs’, mas, com certeza, não será este o caso.