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Não sejas engraçadinha!

Como é costume dizer nestas lides "Este é um blog sobre tudo e sobre nada"

Não sejas engraçadinha!

Como é costume dizer nestas lides "Este é um blog sobre tudo e sobre nada"

O melhor fim-de-semana do ano

Eis que chega o meu fim-de-semana preferido do ano.

O fim-de-semana das 49 horas.

Parece que o domingo nunca mais acaba!

Sim, eu sei que a maior parte de vocês não gosta desta mudança da hora: ai que fica escuro muito cedo… ai que deprimente… ai no verão é que é bom.

Eu até compreendo, a sério que compreendo a vossa opinião, mas daí até ver, algures no FB, um pedido de assinaturas numa petição pública para acabar com esta mudança de hora…WTF????

Vamos lá ver se nos entendemos, criaturas!

Querem acabar com esta mudança da hora? Por mim tudo bem, MAS SÓ NA PRÓXIMA MUDANÇA, OK?

A única coisa que me faz tolerar um fim-de-semana só com 47 horas, em março, é saber que vou ser compensada com um fim-de-semana de 49 horas, em outubro.

mudança da hora.jpg

Tenham juízo, combinem lá tudo como quiserem, mas eu quero de volta a hora que me tiraram em março, ok?

De GFM a STRONGA

O exercício físico nunca fez parte da minha vida… ou melhor, o exercício físico não fazia parte da minha vida passada. Hoje é uma parte essencial do meu dia a dia.

Estou num daqueles ginásios só para senhoras, não por ser só para senhoras, mas pelo simples facto de ficar no caminho para casa. Para mim é essencial não vir a casa entre o trabalho e o ginásio, caso contrário seriam mais as vezes em que já não voltava a sair (tão a ver o inverno, chuva, frio…) e também me permitisse sair no fim da aula e vir tomar o meu banho a casa (odeio tomar banho em balneários).

Fiz a inscrição na mesma altura em que me resignei e fui pedir ajuda à minha médica. Sempre tive consciência que os comprimidos não iam resolvem todos os meus problemas, temos que ser nós a fazer por isso, e eu resolvi ocupar o meu tempo, principalmente os meus serões, a fazer alguma coisa que fosse boa para mim.

Sabem aquele ditado ‘corpo são, em mente sã’… para mim o que conta é a parte da 'mente sã', a parte do 'corpo são' é só um bónus.

Também se diz que ‘a sorte protege os audazes’ e eu tive uma sorte do caraças. Encontrei um grupo fantástico de mulheres, de todas as idades, encabeçado por uma instrutora do mais enlouquecido que se possa imaginar.

Foi a minha querida Carla Ro que me salvou. Dava-nos cargas de porrada monumentais, sempre compensadas com gargalhadas da mesma magnitude.

Criámos um grupo que treinava à 5ª feira. Eramos as ‘GFM – Gajas Fortes ao Máximo’. Saíamos do ginásio de gatas, mas, pelo menos nesse dia, não precisava de tomar comprimidos que me ajudassem a dormir, simplesmente desmaiava na almofada.

Infelizmente a minha querida Carla Ro seguiu com a vida por outros caminhos. Estranhei muito, mas continuei com o mesmo ginásio, com as minhas colegas.

...

Tudo isto para vos mostrar o que ando a fazer por estes dias.

Tenho uma nova instrutora, igualmente enlouquecida… a Célia Louzeiro.

Já não sou GFM, agora sou... STRONGA.

Faço aulas de 'Strong, by zumba'. Eu não gosto de zumba, mas gosto de strong e por causa disso ando a fazer estas figuras:

strong.jpg

E é isto pessoas, à conta da ‘mente sã’ uma pessoa, quase a completar 45 anos, anda a pintar a cara qual Comando, para fazer aulas no ginásio…

Graças aos céus, Mana Querida foi-me buscar neste dia, senão queria ver qual era o motorista que me deixava entrar no autocarro…

Trabalhar em open space não é para todos…

… e eu estou a ficar velha para aturar estas modernices.

Eu sei que tenho dias que pareço uma teenager inconsciente, mas acreditem pessoas, eu já tenho alguns anos disto e começa a ser complicado adaptar-me à mudança. Definitivamente, esta coisa de trabalhar em open space não é para mim.

...

Vejam bem, quando comecei a trabalhar aqui na minha chafarica, os postos de trabalho não estavam equipados com computadores portáteis, os chamados PC’s. Trabalha num terminal… para vocês mais jovenzinhas que não conseguem imaginar o que é isso, imaginem uma secretária com um ecrã, do tamanho de um micro-ondas, e um teclado (que fazia pipipipi em cada tecla que se carregava). Não havia cá torres ou ratos… Não tinha o word… tinha o processador de texto do AS400, um ecrã preto com letras verdes… só para terem uma ideia, para escrever o carater º, tinha que carregar em 4 (QUATRO) teclas ao mesmo tempo (já não me lembro quais).

Também não havia e-mail. Tínhamos o Sr. Alves. As comunicações de trabalho entre colegas eram feitas por ‘Nota Interna’, escritas no AS400, impressas, assinadas, colocadas num envelope de furos, onde escrevíamos o destinatário, depositadas na entrada de cada andar e o Sr. Alves (o nosso motorista) encarregava-se de ir entregar aos colegas e trazer eventuais comunicações dos outros para nós.

E quando os colegas das estatísticas precisavam de imprimir os mapas anuais para verificação de erros??? Tínhamos umas impressoras de agulhas, monstruosas, que faziam uma chinfrineira infernal. Estavam fechadas numa espécie de marquise, numa tentativa de não enlouquecermos com o charriscar… dias a fio a ouvir aquilo.

Ainda me lembro do primeiro computador com acesso à Internet que foi instalado no andar da Direção. Tinha uma caixinha acoplada, UM MODEM. Utilizado com muita parcimónia, talvez porque parecia que ia explodir cada vez que era ligado…parecia que estávamos a fazer uma ligação à lua!

...

Isto tudo para vos contar que já vi a minha parte de alterações de rotinas e hábitos de trabalho, mas nada me afetou mais do que a mudança para um edifício em OPEN SPACE. Não sei se sentem o mesmo, mas para mim, trabalhar num open space é pior que trabalhar nua, porque além da nossa nudez, temos que levar com a nudez dos outros.

Os primeiros dois anos foram muito complicados. Como em qualquer situação nova, caímos facilmente no exagero.

Estávamos todos muito preocupados com o barulho: ‘Não devemos fazer barulho, não devemos incomodar o colega do lado, blá, blá, blá’… Chegámos a um ponto em que parecia que estávamos num convento, não se ouvia uma mosca, andávamos todos a sussurrar pelos corredores. Tínhamos colegas que só faltava exigir que se andasse com os pés à cabeça ‘esses saltos fazem muito barulho neste chão’, não pode ser… e a embirração com os toques dos telefones?

Agora já vamos estando habituados e já conseguimos um equilíbrio… fomos aprendendo com os nossos erros e acabámos por nos adaptar (que remédio!), mas ainda há muita coisa a que não consigo habituar-me: como ter conversas nos recursos humanos, sobre os meus descontos ou as minhas faltas, num espaço com pouca ou nenhuma privacidade; como discutir a fixação de objetivos pessoais e avaliações de desempenho quase a sussurrar e mesmo assim, saber que os colegas ouvem, pela simples razão de não serem surdos…

… e claro, os colegas que trazem CARIL para o almoço, mesmo sabendo que a sala de refeições agora não fica no último andar, isolada (como no edifício velho), agora fica mesmo ao lado dos espaços de trabalho…ou aquela colega que gostava de cortar/pintar as unhas na hora do almoço... ou ter o azar de ter a casa de banho mesmo perto da secretária e ter de ouvir coisas demais.... coisas que não deviam ser audíveis ...

A sério, pessoas, começa a faltar a paciência e a capacidade de adaptação!

office-plan-open-office.jpg

Começar a semana a ler coisas destas...

...é um luxo!

PORTUGAL, ANO DO SENHOR de 2017!!!

Noticia copiada do site da TVI 24:

O Tribunal da Relação do Porto citou a Bíblia, o Código Penal de 1886 e civilizações em que o adultério é punido com morte para justificar a violência doméstica exercida sobre uma mulher, agredida pelo marido e pelo amante.

“O adultério da mulher é um gravíssimo atentado à honra e dignidade do homem. Sociedades existem em que a mulher adúltera é alvo de lapidação até à morte. Na Bíblia, podemos ler que a mulher adúltera deve ser punida com a morte."

Estas e outras considerações constam das cerca de 20 páginas do acórdão da Relação do Porto, a que o Jornal de Notícias teve acesso.

A vítima foi agredida pelo marido e sequestrada pelo amante, alvo de perseguição e ameaças por parte de ambos, mas o tribunal de Felgueiras condenou os dois homens a pena suspensa por violência doméstica. O Ministério Público recorreu para a Relação, que manteve a sentença, justificando a decisão com passagens bíblicas e do Código de 1886.

“Ainda não foi há muito tempo que a lei penal punia com uma pena pouco mais que simbólica o homem que, achando a sua mulher em adultério, nesse ato a mata-se. (…) Com estas referências pretende-se apenas acentuar que o adultério da mulher é uma conduta que a sociedade sempre condenou e condena fortemente (e são as mulheres honestas as primeiras a estigmatizar as adúlteras) e por isso vê com alguma compreensão a violência exercida pelo homem traído, vexado e humilhado pela mulher”, justificam os juízes desembargadores Neto de Moura e Maria Luísa Abrantes.

O caso remonta a novembro de 2014, quando uma mulher casada teve um relacionamento extraconjungal, que terminou ao fim de dois meses. O amante passou a persegui-la, inclusive no local de trabalho e através de mensagens de telemóvel, tendo acabado por revelar o caso ao marido. O casal separou-se e, a partir daí, a mulher passou a ser alvo das ameaças dos dois. Em junho do ano seguinte, a vítima foi sequestrada pelo amante, que telefonou ao ex-marido para um encontro dos três, no qual a mulher acabaria por ser agredida por este último com uma moca com pregos.

“Foi a deslealdade e imoralidade sexual da assistente que fez o arguido [ex-marido] cair em profunda depressão e foi nesse estado depressivo e toldado de revolta que praticou o ato de agressão, como bem se considerou na sentença recorrida”, sublinha, ainda, o acórdão.

 

E pegar na dita moca com pregos e dar com ela no focinho dos senhores magistrados que escreveram este asco.

Era uma bela ideia, não era?

Vou só ali vomitar o pequeno almoço...

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