Quando saí de casa dos meus pais, para começar a minha vida de casada, levei comigo hábitos e rotinas que vi a minha mãe praticar na sua lida doméstica. Com esses hábitos e rotinas vieram também alguns objetos que, achava eu, serem indispensáveis à boa organização do meu novo lar.
Aconteceu comigo e acho que aconteceu com a maior parte de vocês que veem aqui ler os meus disparates.
Com o tempo, depois de criar os meus próprios hábitos e rotinas, tenho vindo a fazer uma lista de objetos domésticos que classifiquei de ‘inutilidades’ e que, por serem inúteis, foram banidos de minha casa.
1º Caixote do lixo. Foi a primeira coisa a ser banida de casa, assim que percebi que, por mais sacos do lixo que usasse para o forrar, acaba sempre sujo e a cheirar mal e eu tinha que o lavar. BLHÉC! (até me arrepiei).
2º Alguidar. Aquele que a minha mãe utilizava para tirar a roupa da máquina e a levar até ao estendal. Quando não se tem uma despensa ou uma marquise, onde é que se arruma o raio do alguidar? É enorme. Exterminei o meu há uns anos atrás.
3º Cesto da roupa para passar a ferro. O mesmo é dizer ‘o acumulador de trapo’. No último fim-de-semana comecei a sentir a ‘travadinha dos roupeiros' (é uma doença que me costuma afligir sempre por esta altura do ano) e dei comigo a olhar para o meu cesto e pensar: ‘se agora vivo sozinha, como é que este cesto está sempre tão cheio!’. Minhas amigas, o que eu encontrei nos fundilhos do meu cesto, não dá para acreditar. Vou só dizer que andei todo o verão sem saber de uma túnica que encontrei agora e encontrei toalhas de mesa que nem me lembrava que tinha. Exterminei o meu cesto da roupa para passar a ferro no passado fim-de-semana.
Bem, ainda não posso dizer que o exterminei completamente, porque ainda não consegui deitá-lo fora.
Está desde sábado no chão da cozinha.
O meu animal adotou-o como o seu novo brinquedo favorito e eu sou um coração de manteiga com este bicho.
Nota: não tendo eu filhos a quem passar este meu conhecimento precioso, resolvi partilhar aqui estas minhas conclusões para, por um lado, partilharem com a vossa descendência (se assim o entenderem) e, por outro, pedir-vos que completem esta lista com outros objetos que vocês tenham classificado de ‘inutilidades’, tenho a certeza que vocês conhecem muitos mais.
Ontem. Regresso a casa. Sou das últimas a entrar no barco das 18h40.
Barco cheio. Sento-me no primeiro lugar que encontro, no andar de cima, junto às escadas.
Inicio de 20 minutos de viagem, ouvem-se vozes alteradas nas escadas:
Homem - Tás a falar assim c'a minha mulher porquê, pá?
Mulher - Eu pedi 'com licença' e sou tratada desta maneira!
Em traços largos, conto o que se passou: senhora quer subir as escadas; estava um homem sentado no degrau; senhora pede 'com licença'; homem sentado vira-se e pergunta: 'o que é que tu queres oh p*** do c***!'
Excusado será dizer que nas veias daquele homem já corria mais alcool do que sangue.
Senhora muito ofendida, repete ad nauseum o tratamento que recebeu:
- Então eu peço 'com licença' e sou tratada por p*** do c***! P*** do c*** é a mãezinha dele!
Ouvem-se vozes a tentar por água na fervura, referindo que o homem está alcoolizado.
- Está bêbado! Beba mais água! Eu quero a polícia à minha espera no Barreiro, para apresentar queixa. Não se safa assim.
Burburinho instalado. Até que se ouve uma voz que se sobrepõe a todos:
EH PÁ! VOCÊS ORGANIZEM-SE QUE EU QUERO IR VER O SPORTING, OK?!
Silêncio absoluto no resto da viagem.
Valores mais altos de levantaram. Era noite de Liga dos Campões! Só o futebol tem este poder de unir as pessoas. Lindo!
Já estamos no outono – aleluia! Sim, eu sou do contra, eu gosto é do inverno, um dia explico porquê! – e, estando eu naquele processo de que já vos falei, alterar a ‘nossa casa’ para a ‘minha casa’, já ando aqui a magicar as alterações que vou continuar a fazer, no que toca à decoração.
Como esta é a altura em que tudo volta a entrar na rotina, gosto de pensar na organização do dia-a-dia, planificar os compromissos familiares (por norma, é por esta altura do ano que começo a falar no Natal) e as tarefas referentes à casa. E como gosto de aproveitar esta onda de organização, acabo também por arrumar o meu quarto, o meu escritório, os meus livros, a minha roupa (a mudança de estação assim o exige), os mil e um papéis que se vão acumulando um pouco por todo o lado… enfim, tudo o que for necessário para me sentir mais preparada para mais um ano de trabalho.
Esta é aquela altura do ano em que abro os meus roupeiros e começo a sentir comichão nas mãos, cheia de vontade de me atirar a tudo, fazer desaparecer metade e organizar o que deve permanecer. Já comecei no último fim-de-semana com uma volta nas minhas malas (gaja que é gaja tem malas que chegam para dar e vender, não é?) e já tenho os sapatos e a roupa na mira…
É claro que isto é bem mais fácil para quem anda em mudanças, pois é um trabalho que pode ser feito de raiz (e se eu adoro uma mudança! Sim, eu sou do contra). Mas, sejamos práticas, mesmo com uma simples renovação na decoração, conseguimos organizar muito bem o nosso espaço, ao mesmo tempo que lhe damos uma nova cor e uma lufada de ar fresco. Não é preciso uma revolução, bastam alguns objetos novos ou uma pintura em algumas paredes. Como?
A decoração para esta nova estação passa pela utilização de cores diferentes do verão (castanhos, laranjas, cinzentos, bordeaux e amarelos torrados), assim como novos adereços, que se traduzem em almofadas, tapetes, mantas, aos quais podemos juntar novas jarras, molduras, velas…, baús, caixas, cestas decorativas e puffs que sirvam para arrumações;
O outono também pede uma vida diferente para paredes. Aqui, os quadros (e outros objetos que se possam pendurar), a par com o papel de parede com diferentes temas são ótimas soluções. Mas não só! Os quadros de cortiça ou os de giz também podem ser boas ideias, pois ajudam na decoração e ainda potenciam uma melhor organização;
O mobiliário também pode ser renovado, sendo que as melhores escolhas recaem sobre os móveis multi-funções (perfeitos para a sala, quarto e escritório). Se puderem, não hesitem em adquirir este tipo de mobiliário, dado que ajuda imenso na organização de uma casa.
Como viram, é bem simples!
Caso ainda restem algumas dúvidas, especialmente no que diz respeito às cores e acessórios de outono, aqui vos deixo umas imagens para vos abrir o apetite:
…tens alguma opinião sobre isto, Engraçadinha? Tenho. Não sei se vão gostar, mas tenho.
Tive muitas pessoas a incentivarem-me a concorrer, mas aqui o meu estaminé ainda não tem sequer 6 meses de vida, por isso achei melhor ficar sossegadinha (por isso e porque o boletim de inscrição tinha um espaço para enviar um texto de apresentação do blog e, simplesmente, não me apeteceu escrevê-lo).
Quando se conheceram as listas dos nomeados não fiquei propriamente surpreendida. Foi mais ou menos, como quando anunciam os nomeados para o Globo de Ouro para o desportista do ano, e está lá o Cristiano Ronaldo e o Mourinho, não é?
Já li alguns textos de várias bloggers a insurgirem-se contra o facto de serem sempre os mesmos blogs a participar neste tipo de concursos. Não concordo completamente com tudo o que dizem. Vamos ver se consigo explicar o meu ponto de vista:
O Engraçadinha ainda é um novato nestas andanças, o número de visitas diárias é ridículo, anedótico mesmo. Mas eu comecei este blog para me distrair, para me ocupar a cabeça. Neste momento estou a escrever este texto, depois do jantar, simplesmente para não estar a estupidificar a cabeça à frente da televisão. Ainda estou naquela fase em que não faço ideia no que isto vai dar. O meu objetivo é divertir-me e desabafar sempre que me apetecer.
Até ter começado o Engraçadinha, só conhecia os blogs da moda (a maior parte está nas listas dos nomeados). O Engraçadinha permitiu-me conhecer um mundo de blogs que desconhecia completamente. Blogs escritos por pessoas ‘normais’, com vidas parecidas com a minha e, alguns deles, muito bem escritos.
Acontece que o objetivo de um blog é o mesmo que se aplica a qualquer rede social: ser lido regularmente pelo maior número de pessoas possível. E nisso, infelizmente, a maior parte dos blogs que conheci nos últimos seis meses não consegue competir com os blogs que estão nomeados. Não se pode colocar na mesma caixa blogs visitados por centenas de pessoas, com blogs que são visitados por milhares de pessoas diariamente.
Isto não quer dizer que não concordo completamente com as críticas que li.
Acho que há muitos blogs (cujos autores, com certeza, concorreram) que têm qualidade suficiente para serem nomeados. Porque são bem escritos, porque têm um layout cuidado, porque abordam temas com interesse, apesar de não terem um mundo de gente a trabalhar para o blog. Apenas não têm leitores, mas se tivessem uma menção, uma nomeação, talvez aumentassem o número de visitas, e a bola de neve começaria a girar.
Deixo uma proposta: porque não criar uma espécie de 2ª divisão dos ‘Blogs do ano’?
Pronto, agora já sabem a minha opinião. Podem começar a encher a caixa de comentários a chamarem-me 'inocente' ou coisas piores!