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Não sejas engraçadinha!

Como é costume dizer nestas lides "Este é um blog sobre tudo e sobre nada"

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Pokémons: as minhas recordações destes bichos

pokemon.jpg

Parece que meio mundo anda, literalmente, a correr de um lado para o outro para apanhar pokémons. Os que costumam vir aqui ler os meus disparates sabem que, durante 13 anos, partilhei a minha vida com o Melga. Tal como tantos outros meninos da sua idade, o Melga adorava jogar pokémons, por isso, não me admiro se me disser que já tem a app instalada no telemóvel e anda por aí a caçar.

Sinceramente achava que esta era uma febre há muito terminada. Depois de tantos anos a lidar diariamente com estes ‘bichos’, voltar a ouvir falar em Pikachus desenrolou um monte de lembranças que já estavam muito lá no fundo do meu baú de memórias.

Antes que voltem a ficar no fundo do baú, resolvi transcrever aqui os meus conhecimentos pokémonianos que se resumem a pouca coisa (Melga, por favor corrige o que estiver errado):

Consolas: ouve o GameBoy Color (o primeiro do Melga), depois veio o GameBoy Advance, a Nintendo e a Nintendo DS;

Jogos: tivemos Gold, Silver, Crystal, Ruby, Sapphire, FireRed, LeafGreen, Emeral, Diamond & Pearl (falta algum, Melga?);

Personagens: Ash, Misty, Brock, Pikachu (os bons), Jesse, James, Meowth (os maus);

Bichos em geral: lembro-me do Mewtwo (o Pokémon ‘pisico’, como dizia o Melga), o Bulbasaur, o Charmander, o Squirtle… todos eles tinham um tipo de poder (havia os de fogo, os de água, os de ar, etc..) e todos evoluíam para versões melhoradas (era uma espécie de tunning dos bichos);

Todos os natais oferecíamos um jogo ao Melga e tentávamos quebrar esta febre. Comprámos jogos do Harry Potter, do Homem Aranha, o que estivesse na moda, mas não adiantava, por altura do Ano Novo já só ouvíamos aquela musiquinha irritante dos jogos dos pokémons (Melga, joga isso sem som, por favor!).

Guardado na arrecadação temos uma pokebola gigante (para quem não sabe é o artefacto necessário para apanhar pokémons) que serve para guardar berlindes com o desenho dos bichos (temos um saquinhos de berlindes), um Pikachu despertador, vários bonecos em vários tamanhos de vários pokémons e uma coleção de cassetes VHS com filmes destes bichos.

Estas cassetes foram para a arrecadação quando o Melga tinha uns 13, 14 anos. Uns dois anos depois trouxe as caixas para casa para retirar as cassetes com os filmes do Tom & Jerry para a minha sobrinha poder ver quando estivesse em minha casa. Lembro-me de ver o Melga eufórico por redescobrir os seus filmes dos pokémons. Ficou uma tarde inteira agarrado à sua velha televisão com leitor de vídeo a ver as cassetes todas e a cantar as músicas (Vou apanhá-los todos, vou apanhá-los todos…).

Isto é o que me lembro sobre estes bichos. Pensando bem, estes bichos acabam por ser uma espécie de pano de fundo de uma fase da minha vida que acabou.

PS: antes que me esqueça, também houve aquele bolo de aniversário muito manhoso que resolvi fazer, com a ajuda da minha irmã, decorado com pokémons, quando o Melga fez 18 anos.

 

Verão 2016. Para mais tarde recordar.

Voltei, voltei / Voltei de lá / Ainda ontem estava na praia e agora já estou cá!

Não, ainda não regressei ao trabalho, ainda tenho mais uma semana de gloriosas férias, só que mais caseiras. Apenas terminaram as duas semanas de praia no sul do país. Como sei que estão em fungas para saber tudo, aqui estou para vos fazer uma espécie de best of de duas semanas em Pedras d’El Rei, na Praia do Barril, Tavira, com a minha família.

Enquadramento: dois séniores, dois adultos, uma criança e um gato num T0, sem TV Cabo. Um dos séniores, volta e meia, tem o hábito de se comportar como uma criança e, além de ser esquisito na comida, discute com a verdadeira criança sobre quem tem prioridade sobre o comando da TV. O outro sénior não está habituado a deitar-se cedo porque tem insónias. As duas adultas até gostavam de ir beber um copo depois do jantar, mas a criança (a verdadeira!) fica a chorar… (eu também quero ir!)

Ao fim da primeira semana, confesso que houve momentos que pouco faltou para nos engalfinharmos no pescoço uns dos outros, mas preferimos respirar fundo, contar até 10, ou 20, e graças a isso ficámos com estes momentos para mais tarde recordar:

Um: por norma um de nós estava no supermercado do aldeamento à hora de abertura. Não pensem que eramos os únicos. Aquilo parecia sempre a porta de um posto médico do SNS. As compras eram mais ou menos iguais para todos: pão, fiambre, queijo, cereais, fruta, sumos, salada. Coisas normais de quem, às 8h30, quer despachar o pequeno-almoço e preparar uma refeição ligeira para ir passar o dia à praia. Numa dessas manhãs, a primeira pessoa a chegar à caixa para pagar foi um espanhol que, às 8h30 da manhã, foi comprar 4 (QUATRO) garrafas de vinho branco e saiu do supermercado a correr, como se não houvesse amanhã. A minha irmã só comentou: deve ser sede…

Dois: família alargada instalada no areal todos os dias próximo de nós. Entre eles, há um bebé com cerca de 6 meses, sempre muito protegido do sol. Por volta da hora do almoço a família decidia que estava na hora do bebé tomar contacto com a água do mar. Mas como fazer o bebé chegar à beira do mar, sem apanhar com o temível sol? Obvio, é só retirar um dos chapéus-de-sol e levar o bebé debaixo do dito, até ao mar. Parecia um cortejo do marajá das índias: papá a segurar no bebé, mamã no chapéu, seguido da avó, avô, primos, tias, etc… alguns minutos mais tarde tínhamos o regresso de todo o séquito ao areal.

Três: em duas semanas, S. Pedro resolveu brindar os banhistas do Algarve com dois levantes. Os tugas e alguns estrangeiros já sabem que um levante dura, por norma, 3 dias, durante os quais o areal da praia desaparece na praia-mar e, por isso, tratam de se proteger junto às dunas. Num desses dias havia uma família de noruegueses que teimava em desafiar as ondas com barreiras duplas de areia, separadas por um fosso (autênticas obras de engenharia). Uma das norueguesas estava refastelada na sua cadeira, mesmo por trás da sua barreira de areia a tomar banhos de sol de olhos fechados. De repente vem de lá uma onda e foi norueguesa, cadeira, toalhas, sacos, tudo a flutuar até às dunas. Os estrangeiros muito compadecidos a ajudar, mas os tugas só comentavam ‘acham que estão lá nos fiordes congelados da terra deles, agora já sabem o que é um levante no Algarve’.

Quatro: família espanhola que se instala à nossa frente. Por alguma razão a mamã espanhola não conseguiu vestir o biquíni em casa e à nossa frente tira as cuecas e veste o biquíni com toda a calma e naturalidade. Só oiço o Sr. Meu Pai a comentar: ‘Porra, tanta miúda nova aqui à volta e tenho que levar com um rabo todo enquarquilhado…’

Cinco: casal acompanhado de quatro adolescentes à nossa frente. Pai instalado junto à beira do mar na sua cadeira, mãe dividia-se entre os banhos de mar e a toalha. Os 4 jovens divididos entre banhos e comer. Cada alimento que sai dos sacos deixava o seu rastro no areal. Bebiam um sumo, o pacote ficava na areia, ovos cozidos, as cascas ficavam na areia, pêssegos, um dos jovens olhou para o caroço levantou-se da toalha foi à beira mar atirou o caroço e lavou as mãos, o outro abriu um buraco na areia e enterrou o seu caroço.

Na hora de sair da praia, fiquei com a impressão que a mãe só os obrigou a apanhar o maior, porque topou que eu e o meu pai estávamos a observar. Ironicamente, no dia seguinte tive que afastar as cascas de ovo para estender a minha toalha…Sec. XXI e ainda temos disto nas praias portuguesas.

Vocês sabem lá...

...o que é chegar da praia, tomar banho, sair da casa de banho e ter à espera uma miúda de oito anos, com o frasco de body milk nas mãos a dizer: 

"Tia vou-te fazer uma massagem corporal." 

E não é que a miúda tem jeitinho para as massagens!

Isto é muito à frente.

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